Mesmo após muitos anos, a luta pela igualdade de gênero ainda é um objetivo a ser alcançado em muitas áreas. No empreendedorismo não é diferente. Apesar da proporção dos últimos 3 anos ser maior para mulheres (15,4% contra 12,6% para homens), as mulheres tem escolaridade 16% superior em relação aos homens, mas tem um faturamento 22% menor em seus negócios. Dados do Sebrae apontam que no Brasil temos 24 milhões de mulheres comandando uma empresa, 45% dessas ainda são chefes de família. As mulheres representam quase metade dos microempreendedores individuais (MEI), comumente nas áreas de beleza, moda e alimentação. Mesmo que mulheres estejam em paridade com os homens quanto a empreender, a desigualdade ainda é um obstáculo até mesmo para a contratação de empréstimos. O Sebrae aponta que mulheres obtém uma média de R$13.000 a menos em empréstimos que homens e, como se não fosse o bastante, pagam um taxa de juros em média de 3,5% maior.

Porém muitas empresas tem incentivado o empoderamento feminino para suas colaboradoras e parceiras, como empresas de cosméticos ou marketing multinível que oferecem treinamentos e cursos específicos para mulheres (um exemplo é o programa Pérolas da Hinode). Além disso, o Sebrae possui um programa próprio para mulheres empreendedoras: O Sebrae Delas. Esse programa “promove ações e oferece meios para que as micro e pequenas empresárias possam potencializar seus negócios e seus comportamentos empreendedores”, de acordo com o site do Sebrae.

Precisamos olhar para a importância do empreendedorismo feminino, que não só contribui com a economia e gera empregos, mas também transforma a sociedade: quando são capazes de caminhar sozinhas e ter uma estabilidade financeira, as mulheres deixam de se submeter a relacionamentos abusivos ou à dependência financeira (muitas vezes acompanhada de uma dependência emocional) de seus parceiros.