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Corona Vírus e a vulnerabilidade das pessoas em situação de rua


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 08/09/2020
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Por Suelen Maiara dos Santos Alécio* 

O vírus Covid-19 já se espalhou por todo o mundo e infelizmente, retirou a vida de milhares de pessoas no ano de 2020. De forma avassaladora, o Coronavírus transformou o cotidiano de todos: a utilização de máscara nos lugares públicos são obrigatórias, o uso de álcool em gel é indispensável na entrada dos estabelecimentos comerciais, o trabalho estilo “home office” tornou-se algo comum e algumas pessoas, por estarem em maior risco devido a sua idade ou a alguma doença já pré-estabelecida, são impedidas de frequentarem alguns lugares.

Esse cenário demonstra que a pandemia se alastrou pelo mundo e exigiu por parte do Estado, providências urgentes na decretação de um estado de calamidade pública. No início da Pandemia apenas serviços essenciais estavam funcionando, tais como os serviços da área da saúde, mercados e postos de combustíveis, se não se enquadrasse nessa área, todos os demais cidadãos deveriam ficar em suas casas

Ocorre que, nem todas as pessoas estão conseguindo se adaptar a este novo formato de vida. Muitas pessoas perderam empregos, outros comerciantes não tiveram outra saída, senão, a de fechar seus estabelecimentos, outros encontram-se extremamente carentes de alimentos básicos e de higienização. Verifica-se, portanto, que quem já enfrentava problemas de renda antes da Pandemia, agora então, sofre por uma dupla-vulnerabilidade. Nesse contexto, destaca-se as pessoas em situação de rua, que estão abaixo da linha da extrema pobreza. Essas sequer possuem um “lar” para se protegerem, não possuem acesso a saneamento básico e nem acesso aos cuidados mínimos de higienização.

O direito a saúde no Brasil, após a implementação do SUS, melhorou em muitos quesitos, todavia, sabe-se que quem enfrenta crises econômicas e financeiras, não possuem um direito a saúde com qualidade e de forma igualitária. Diante desse cenário, é possível identificar que as pessoas em situação de rua encontram-se em “estado de risco”, se não for igual, talvez pior, do que os maiores de 60 anos e pessoas que possuem problemas respiratórios e pulmonares. 

Essa realidade é cruel, as pessoas em condição de rua são invisíveis sociais que necessitam de um agir por parte da sociedade e uma tutela mais ampla do Estado. Deve-se pensar na elaboração de políticas públicas mais efetivas e ações sociais que cumpram o objetivo de amenizar os riscos desta doença, levando um pouco de humanidade, promovendo o bem estar social e proporcionando o mínimo de dignidade humana à essas pessoas.


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