No início de 2021, surge para mim a oportunidade de participar de um livro, escrevendo um de seus capítulos. O título do livro? Forte, inusitado... uma escolha proposital da coordenadora editorial, Juliana Serafim, para instigar a participação de coautoras e despertar a curiosidade dos leitores.

Mas o que significa uma obra com esse nome, AS DONAS DA P**** TODA? É um livro que pretende despertar e expandir a conciência das mulheres para que assumam o controle de suas vidas, decidam quais caminhos querem seguir e quais não querem. Um título impactante, para que mulheres estagnadas libertem-se da inércia e passem a ter poder de decisão.

Mas sobre o que eu escreveria num livro com esse propósito? Sobre algo verdadeiramente relevante, cuja leitura valha a pena, pensei.

E assim, através da Editora Literare Books International e da minha participação junto com mais 33 coautoras, o projeto transcendeu para a 1ª edição da obra, lançada nacionalmente no dia 07 de dezembro de 2021.

O livro contempla, portanto, 34 capítulos, todos escritos por mulheres, de diversos seguimentos (publicitárias, advogadas, empresárias, psicólogas, etc.), de diversos estados do Brasil e algumas até de fora do país. 

Em seus capítulos algumas trataram sobre os desafios impostos ao longo da vida; outras sobre suas conquistas profissionais; algumas apresentaram especificidades do trabalho que desenvolvem; outras trataram sobre gestão financeira; entre muitos outros temas.

Mas o que todas têm em comum nas linhas apostas nesse livro é um histórico de superação e ousadia, força e resiliência. São conteúdos, verdadeiramente, instrutivos e inspiradores.

O meu capítulo é o 16 e se inicia na página 129 do livro e nele falo sobre a SORORIDADE CORPORATIVA. O que me despertou para escolher esse tema, foram as minhas constatações extraídas da observação de como tem se dado as relações sociais existente entre as mulheres, sejam as relações de amizade, relações familiares ou profissionais. Observei que ao invés de um apoio mútuo, que deveria ocorrer naturalmente, o que, de fato, ocorre, na maioria das vezes, é uma rivalidade velada, disfarçada de indiferença. Mulheres tendem a se incomodar com a conquista de outras mulheres, quando deveriam vibrar por elas, apoiá-las, se apoiarem!

É fato que vivenciamos um machismo estrutural que está encrustado em nossa sociedade e, não raro, mulheres reproduzem comportamentos machistas umas contra as outras, o que enfraquece o universo feminino, fragiliza e subjuga a mulher, inclusive quando se trata de oportunidades no mercado de trabalho.

E após estabelecida a problemática, em meu capítulo demonstro uma forma de mitigar a falta de oportunidade que fomenta a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Com a leitura do meu capítulo, os leitores entenderão a problemática, refletirão sobre ela, mas também serão confrontados com soluções eficientes, a partir das quais poderão continuar refletindo, dando continuidade a ideia exposta para construir muitas outras soluções para fomentar a cooperação e a colaboração entre as mulheres para que, fortalecidas, superem qualquer sentimento de rivalidade e possam, juntas galgar posições de destaque no mercado de trabalho numa corrente salutar em que uma mulher segure, firmemente, na mão da outra, alçando altos voos, viabilizados pelas asas da sororidade.

Para quem interessar a leitura, o livro pode ser adquirido com qualquer uma das coautoras ou diretamente no site da editora.

(Débora Priscila André, 39 anos, maringaense, advogada atuante desde 2007, fundadora do escritório ANDRÉ & ANDRÉ ADVOGADOS e coautora do livro As Donas da P**** Toda. Contato pelo Instagram: adv.deborapriandre e E-mail: debora_andre@hotmail.com)