Desde a formação do Observatório Social em Nova Esperança, estamos incentivando as empresas locais para que participem das licitações realizadas pela prefeitura. Em cada licitação realizada, buscamos identificar as empresas do ramo e mandamos convite para que participem do certame.

A pedido do Observatório, a ACINE pleiteou junto ao SEBRAE, a realização de um curso para ensinar aos empresários locais como participar de licitações. Esse curso foi ministrado no ano passado e está acontecendo nessa semana e na semana que vem, onde algumas empresas da cidade estão buscando capacitação para abrir mais esse nicho de mercado.

E por que o Observatório Social faz esse trabalho? Porque entendemos que as compras públicas podem gerar riqueza para o nosso município e a participação das empresas locais se torna um facilitador para a fiscalização e controle externo.

O município precisa realizar compras para a manutenção de seus serviços, como por exemplo, da merenda escolar, medicamentos para postos de saúde e Hospital, material de papelaria, manutenção de equipamentos, etc. Porém, esse valor gasto pode também gerar renda para o próprio município, se as empresas vencedoras forem daqui.

A empresa local recolhe aqui seus impostos e, incrementando seu negócio contrata mais empregados, que por sua vez vão consumir em nosso comércio, gerando maior renda aos comerciantes, que também precisarão empregar mais trabalhadores e recolher mais tributos ao município. Cria-se um circuito auspicioso, do tipo ganha-ganha.

Alguns motivos são identificados como desmotivadores para que as empresas locais não se interessem por esse mercado e entre eles estão dois principais, que são o desconhecimento da lei, que julgam ser muito complexa e a desconfiança quanto ao pagamento pontual e a ocorrência de conluios. Porém, esses temores devem ser afastados, pois quando a empresa busca se capacitar, a participação se torna mais segura, tendo em vista que, conhecendo a lei e a realidade do dia a dia das licitações, verá que pode exigir dos demais concorrentes e do próprio município que cumpra a sua parte ou que aprimore os trabalhos.

A maior parte das empresas da nossa cidade são microempresas e de pequeno porte e para elas existe uma legislação especial, que incentiva a sua participação nas licitações, criando vantagens em relação às grandes empresas e somente com o conhecimento é que nossos empresários poderão saber como utilizar essas vantagens.

Não podemos ficar acomodados e ver nossas riquezas migrarem para outras regiões. Precisamos sim, juntar forças com o município, que por sua vez precisa incentivar a participação de seus empresários, com o interesse e comprometimento desses, para que todos ganhem e nossa cidade progrida.

O Observatório Social de Nova Esperança está comprometido com esse trabalho e continuará fazendo a sua parte.