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Artigo de Opinião: A relação de Einstein com a religião, segundo Alister McGrath


Por: Especial para JN
Data: 20/04/2023
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Foto: Divulgação

Por Pedro Bissoli[1]

Durante as aulas de Filosofia Grega do período Pré-Socrático sobre os teóricos da physis e nas aulas de Sociologia das revoluções científicas, senti vontade de compartilhar com meu professor, Sr. Fernando Razente, minha aspiração intelectual de ser um renomado astrofísico no futuro e contribuir, de algum modo, com esta ciência no âmbito acadêmico.

Como sugestão de leitura para me aprofundar no assunto, o Prof. Fernando me sugeriu a leitura do livro “Uma teoria de tudo (que importa)”, do doutor em biofísica molecular e professor de Ciência e Religião na Universidade de Oxford, Alister McGrath. Neste livro publicado no Brasil em 2021 pela Editora Mundo Cristão, McGrath trata de detalhes da vida pessoal e acadêmica de uns dos principais físicos da História: Albert Einstein (1879-1955).

Minhas observações após a conclusão da leitura foram: que o livro demonstra o mérito de Einstein não só como cientista, mas como teólogo, ético e político (embora não no sentido profissional dos termos). Einstein, segundo nos conta o autor, acreditava na relação entre tudo o que existe no universo, incluindo a religião.

Para ele, seria possível a construção de um grande quadro teórico capaz de contextualizar tudo que existe, tanto no âmbito natural, quanto filosófico e teológico. Einstein cria na relação entre fé e ciência, como uma forma de complementaridade explicativa do universo.

Para Einstein, embora a ciência seja capaz de captar tudo no mundo natural, faz de uma forma que não pode dizer sobre a razão e o propósito desse mundo natural, o que afeta a busca humana em busca de sentido neste universo.

Por isso, Einstein vê na religião esse outro âmbito que é capaz de captar a questão do sentido do universo. Apesar de não crer na existência de um Deus pessoal, Einstein cria em uma Mente Superior que manifesta-se a partir da harmonia do Universo (semelhante ao Deus do filósofo Spinoza, 1632-1677).

E essa percepção de uma mente inteligente por detrás do universo encaixa-se bem com a narrativa cristã, pois segundo McGrath, o cristianismo responde grande parte das questões de cunho filosófico, inclusive essa do sentido das coisas, como que adicionando e complementando-se ao conhecimento científico, compondo o Grande Quadro de tudo.



[1] Aluno da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Vila Militar - FEITEP.


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