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Setembro Amarelo: Falar sobre suicídio é prevenir!


Por: Simony Ornellas Thomazini
Data: 10/09/2019
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Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. Em referência ao “Setembro Amarelo” escreverei alguns textos sobre este tema que ainda é um tabu em nossa sociedade.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a algum estado depressivo em que a pessoa possa estar vivenciando. Portanto, podem ser evitados, se as causas forem tratadas corretamente.

No Brasil, 32 brasileiros tiram a própria vida por dia, o que equivale a uma pessoa a cada 45 minutos. No mundo ocorre um suicídio a cada 40 segundos. Por essa razão que as ações preventivas são de extrema importância para reverter esta situação. Escrever sobre essa temática, portanto, prevenir, é o meu objetivo durante esse mês.

Falar de suicídio não agrava a situação, pelo contrário, é uma ação preventiva. O CVV (Centro de Valorização a Vida) aposta nisso e possui uma conversa aberta ao suicídio através do atendimento gratuito e voluntário pelo número de telefone: 188. 

A pessoa que possui desejos suicidas não quer acabar com a própria vida, mas colocar um fim na dor. E é sobre a dor que discutirei hoje. É preciso falar incansavelmente sobre ela. É preciso que ela ganhe voz, para não se tornar ato.

Acostumar-se aquilo que faz mal, bem como ficar fixado nesta posição, traz inúmeros sofrimentos ao sujeito. Não é saudável silenciar-se diante daquilo que dói, porém, o sujeito acomodado em sua dor, não age porque acredita possuir certo controle em meio a seu sofrimento.

O que acontece, no entanto, é que o controle ao caos em que o indivíduo vive e está apegado, é falso, e em algum momento, o peso das palavras não ditas irão recair sobre ele provocando um maior e intenso sofrimento.

É nesse momento, que uma análise (ou em outras palavras, psicoterapia) permitirá que o sujeito possa despregar-se desta posição fixada de sofrimento, pois é só movido por um desejo em mudar isso, é que uma análise pode funcionar.

Assim, mais do que querer “parar de sofrer" a pessoa em análise passa a apropriar-se de suas queixas, escolhas, dando um outro lugar para tudo isso. O lugar de um fazer melhor com a sua própria existência!

Falar sempre salva. Se você está sofrendo, ou conhece alguém que está passando por algum estado depressivo decorrente de alguma vivência, procure a ajuda de um profissional.

 

Simony Ornellas Thomazini é psicóloga e psicanalista. Atua como psicóloga no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) em Uniflor, e psicanalista na Fênix Desenvolvimento Humano em Nova Esperança. 

Simony Ornellas Thomazini


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