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Sabedoria de nossos queridos


Por: Jorge Antonio Salem
Data: 03/10/2024
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Hoje pergunto a você leitor.

Você é uma pessoa sábia?

Uma pessoa sábia, pode ou não ter estudado. Pode ou não ter frequentado um curso superior.

Já dizia Sócrates: “só sei que nada sei”, significando que conhecia a sua própria ignorância. Demostrava um grau de humildade.

E quantos de nossos queridos, sabiam que não tinham estudo formal, mas sim o estudo da vivência, onde aprendiam com os mais velhos e assim poderiam no futuro aplicar esses conhecimentos.

Estão vamos conversar um pouco sobre a sabedoria, onde podemos dizer que é a capacidade de organizar o conhecimento  e utilizá-lo de forma eficaz e apropriada.

 Eu tive muitos exemplos de pessoas que possuíam sabedoria e nunca frequentaram uma escola. Já conversei com muitos que moravam em sítio, não estudaram, mas sabiam de situações do campo que muitos estudiosos ficavam espantados de onde vinham aquele conhecimento.

Resolvi escrever sobre esse assunto, pois recebi uma mensagem na minha rede social, onde falava principalmente de nossos pais e avós. Demostrava uma enorme sabedoria nesses que nos precederam.

Vou trazer quatro exemplos. Primeiro falarei de meu pai e minha mãe. Eles não tiveram a oportunidade de estudar. Mas conseguiram constituir uma família maravilhosa. Minha mãe cuidava da casa e do orçamento da família. Meu pai, trabalhava na Itaipu em Foz do Iguaçu. Foi chefe da mecânica pesada e leve, sendo que na área dele, muitos engenheiros mecânicos, consultavam a sua opinião, a sua sabedoria. Ele construiu uma carreira, chegando a ter o cargo de assistente técnico. Na sua juventude, apenas estudou até a 4 série do primário.

A maior sabedoria que meu pai e minha mãe tiveram, foi falar a mim e meus irmãos que a vida tinha sido dura e que não seria possível deixar herança para nós. Então, nosso patrimônio deveria ser construído com o suor de nosso rosto, mas que para isso eles deixariam para nós os estudos. Falava que deveríamos aproveitar.

Também quero falar de meu sogro e sogra. Também constituíram uma família abençoada. Meu sogro, partiu para a lida com a roça e animais. Tendo viajado pelo Brasil como chefe de comitiva por aproximadamente 30 anos. Minha sogra, muitas vezes ficou meses sozinha enquanto ele viajava por terras desconhecidas. Era ela quem cuidava da casa e costurava para ajudar no orçamento. Tiveram 7 filhos e com muita sabedoria conseguiram criar essa família. Ela, não teve a permissão de seu pai para estudar quando era criança e só conseguiu terminar os seus estudos, já na velhice. Seu pai falava que mulheres não precisavam estudar.

Sabemos da importância dos estudos, mas aqui falo que não foi opção ficar sem estudar, mas sim, foi condição imposta. Muitos não tiveram a oportunidade de estudar, mas alguns não quiseram. Mas, sabemos de muitos que estudaram e não aproveitaram essa dadiva de Deus, de conhecer sobre muitos assuntos. Foram talentos desperdiçados. Os motivos não nos são caros. Uma pessoa que opta por não estudar, muitas vezes está desperdiçando um crescimento em diversas áreas, como: desenvolvimento pessoal, aprimorar as habilidades, realização de projetos de vida, autoconfiança, entre outros.

Também gostaria de falar de uma pessoa que são particularmente fã. Ela é a Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina. Uma maravilhosa poetisa e brilhante contista brasileira. Apesar de ter algum grau de instrução, teve sua carreira interrompida por 45 anos, quando se casou com um advogado. Seu primeiro livro publicado somente em 1965, quando já tinha 76 anos de idade. Assim falou Cora Coralina:

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. O saber se aprende com mestres e livros. A Sabedoria, com o corriqueiro, com a vida e com os humildes. O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Caminhando e semeando, sempre se terá o que colher.”

Mas, não quero com esse artigo dizer que não devemos estudar, mas sim que devemos valorizar aqueles que não estudaram e tiveram muita sabedoria para cuidar de suas famílias.

Analise a sua volta, pergunte, pesquise, como foi a vida de seus antepassados. Faça isso por muitas vezes até obter uma resposta confiável.

 


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