Nova-esperancense envolvida em escândalo internacional é extraditada e presa no Brasil
Aline Fernanda de Siqueira Maschietto (37), envolvida em um caso que ganhou repercussão internacional, concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Roberto Cabrini, exibida no último domingo (25) nos programas Domingo Espetacular e Câmera Record, onde compartilhou detalhes de sua versão dos fatos e defendeu sua inocência.
Aline Fernanda de Siqueira Maschietto, de 37 anos, natural de Nova Esperança, está no centro de um complexo caso internacional que a colocou nas manchetes dos principais veículos de comunicação. Aline, que foi extraditada recentemente da Espanha para o Brasil, é acusada de tentativa de homicídio contra um estudante de medicina em Ribeirão Preto (SP) e, ao mesmo tempo, de denunciar o filho do presidente do Tribunal Constitucional da Espanha por estupro.
Aline, nascida em Nova Esperança, havia se mudado para Ribeirão Preto, onde viveu em um hotel na zona Leste da cidade. Em março de 2022, ela foi acusada de esfaquear um estudante de medicina com quem mantinha um relacionamento. A situação se agravou, levando à emissão de um mandado de prisão preventiva contra ela em outubro do mesmo ano. Aline, então, fugiu do país, sendo considerada foragida e incluída na Difusão Vermelha da Interpol.
Denúncia
Na Espanha, Aline chamou a atenção da imprensa internacional ao acusar o advogado Cándido Conde-Pumpido Varela Jr., filho do presidente do Tribunal Constitucional da Espanha, de estupro. A acusação, que inicialmente chocou o país, foi retirada dias depois. No entanto, a exposição pública resultou na localização de Aline pela Interpol, culminando em sua prisão em Málaga em dezembro de 2023.
Após ser extraditada para o Brasil, Aline foi detida na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, em São Paulo. Em entrevista exclusiva ao jornalista Roberto Cabrini, transmitida no programa Domingo Espetacular, Aline defendeu sua inocência e relatou ter sido vítima de violência por parte de seu namorado na noite do incidente em Ribeirão Preto. "Gostaria de deixar claro que não fugi, sou vítima do Diego", afirmou ela, referindo-se ao estudante de medicina.
Defesa e acusações
A advogada de Aline, Tamara Maria Castro, está empenhada em provar a inocência de sua cliente, alegando que a prisão preventiva foi baseada em erros na investigação e na citação incorreta de Aline. "Toda essa situação foi gerada por falha na investigação policial e judicial", declarou a advogada, apontando que Aline havia fornecido seus contatos à polícia, mas que erros na anotação do número telefônico impediram o sucesso na comunicação.
Tamara Castro defende que Aline agiu em legítima defesa na noite do crime em Ribeirão Preto e que a acusação de tentativa de homicídio, feita sob alegações de motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima, é injusta. "Suas ações foram abarcadas por excludente de ilicitude [legítima defesa] e tudo será demonstrado no processo, ante ao substrato probante inquestionável que a defesa possui", afirmou a advogada.
O caso envolvendo Aline Fernanda de Siqueira Maschietto é emblemático e levanta questões sobre violência, justiça e a complexidade das relações internacionais em casos criminais. Aline, que alegou ter sido ameaçada de morte após denunciar o filho do presidente do Tribunal Constitucional da Espanha, agora enfrenta o desafio de se defender de graves acusações em seu país de origem.
Enquanto a justiça brasileira segue com o processo, a história de Aline continua a ser tema de discussão e análise, tanto pela mídia quanto pelo público, que acompanha cada desdobramento com atenção.