Agricultores e Comunidade unem forças para proteger plantas Cítricas do Greening, ameaça à economia rural
Campanha de conscientização e erradicação visa deter a propagação da doença bacteriana transmitida pelo psilídeo, protegendo plantações e áreas urbanas.
Lucas Santander, Secretário da Agricultura e Abastecimento de Nova Esperança ressaltou os esforços que estão sendo desenvolvidos na campanha de conscientização sobre o Greening: “protegendo as plantas cítricas da ameaça bacteriana”
A crescente ameaça do Greening, uma doença bacteriana que devastou plantações de citros em todo o país, está recebendo uma resposta vigorosa por parte das autoridades e dos produtores rurais. Em conversa com a reportagem, o Secretário da Agricultura e Abastecimento de Nova Esperança, Lucas Santander disse que todos estão empenhados em aumentar a conscientização sobre a importância de erradicar as plantas cítricas infectadas por psilídeos, insetos responsáveis pela disseminação da bactéria.
O Greening, também conhecido como "Huanglongbing", é uma doença bacteriana que afeta gravemente as plantas cítricas, como laranjas, limões e tangerinas. Transmitida pelo psilídeo, um pequeno inseto que se alimenta das brotações das árvores, a bactéria infecta as plantas, causando murchamento, queda prematura de frutos e até mesmo a morte das árvores. Com a velocidade do vento, esses psilídeos podem percorrer distâncias impressionantes, superiores a 20 km, disseminando a doença para áreas remotas.
O Greening é uma doença originada por uma bactéria que é disseminada por um pequeno inseto chamado psilídeo, semelhante a uma mariposa, o qual se alimenta de plantas cítricas. Como resultado, ele carrega consigo a bactéria de plantas infectadas para aquelas saudáveis.
Uma preocupação crescente é o aumento das plantações caseiras de citros em áreas urbanas e rurais, onde a pressão externa se tornou incontrolável. Com a falta de pulverização adequada de inseticidas, essas plantas caseiras tornam-se um terreno fértil para a disseminação do Greening. Plantas não tratadas têm uma probabilidade alarmante de 99% de já estarem infectadas, o que representa uma séria ameaça para as plantações comerciais saudáveis nas proximidades.
Produtores locais estão se unindo para realizar reuniões de conscientização, explicando a urgência da erradicação das plantas externas. Santander enfatiza que, para proteger as plantações comerciais e garantir a sustentabilidade a longo prazo da indústria cítrica, é essencial que as plantas infectadas sejam erradicadas.
A mobilização não se limita aos produtores rurais. A campanha está se expandindo para a comunidade em geral, incentivando os proprietários de plantas cítricas em suas propriedades a arrancarem as árvores infectadas. Muitos produtores estão doando plantas de outras espécies em troca da retirada das plantas cítricas infectadas, promovendo uma ação coletiva eficaz.
Além disso, ações de conscientização estão sendo planejadas nas escolas, visando educar as crianças sobre a importância de identificar e prevenir o Greening. As crianças levarão essas informações via bilhetinhos para suas casas e também um gibi educativo, produzido pela equipe técnica da Cocamar, criando um ciclo de conscientização que abrangerá tanto as áreas urbanas quanto rurais.
O Greening representa uma ameaça significativa para a indústria cítrica e a segurança alimentar de nossa região. “O envolvimento proativo dos produtores e da comunidade mostram um comprometimento real em proteger nossas plantações e garantir um futuro saudável para o setor cítrico. A conscientização, a educação e a ação coletiva são as armas essenciais nessa luta contra o Greening, que também pode ser disseminado pela Murta, planta hospedeira do inseto transmissor”, ressaltou Lucas Santander.
