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Cidinha Arneiro: uma história de amor e realização com a arte de fotografar


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 06/04/2021
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Comecei a trabalhar muito cedo. Com 12 anos e com carteira assinada (na época era permitido), comecei nas Casas Pernambucanas, como aprendiz de escriturária.

Permaneci lá durante 8 anos, até passar no concurso da Caixa Econômica Federal. Na Caixa Econômica Federal, trabalhei durante 31 anos, 30 dos quais, no caixa. Amava o que fazia, principalmente com o meu trabalho, ajudar as pessoas. Só que infelizmente, o trabalho de bancário é desgastante e estressante. Comecei a ter problemas de saúde física e mental. Os problemas físicos foram resolvidos e os mentais, a solução foi ocupar mais ainda a mente.

Eu sempre fui ligada em artes: fazia aulas de pintura em tela, confeccionava bijuterias entre outras coisas.

Em 2009, sugerido por uma querida amiga, fiz o primeiro curso de fotografia. Simplesmente odiei. Achei tudo muito difícil (eu não sabia nada e isso tornou a linguagem fotográfica realmente muito difícil). Se fosse hoje, com as informações que temos na internet, seria bem mais fácil.

O professor chegou falando sobre  ISO, velocidade, abertura....e eu  não tinha  menor ideia do que isso se tratava.

Resolvi deixar minha câmera no automático e  continuar fazendo fotos dessa forma (eu já havia feito um curso de edição no photoshop).

Em 2011, uma outra amiga me falou sobre um outro curso de fotografia. Pensei:  Não custa tentar... 

Para minha alegria, desta vez me apaixonei pela fotografia (eu já sabia alguma coisa sobre). Passei a querer estudar mais e mais e mais.

Comecei a fazer fotos grátis de amigos, para treinar.

Conciliava a fotografia com o trabalho na Caixa. Era puxado, mas satisfatório.

A procura começou a aumentar.  Final de 2011, já fotografava profissionalmente (cobrava para isso).  Em junho de 2012,  achei que deveria ficar somente com a fotografia, que era mais prazerosa.

Aposentei-me da Caixa Econômica (gratidão a Deus pelo emprego que tive lá) e fui ser fotógrafa em tempo integral. No início eu fotografava tudo o que aparecia (festa, casamento, batizado), mas com o tempo fui vendo que minha grande paixão é fotografar gestantes, crianças maiores de 6 meses, meninas de 15 anos, pré-aniversários de mulheres de todas as idades e famílias. E tenho me dedicado a esse nicho. Gosto de fazer fotos artísticas (minha paixão), bem produzidas, que contam histórias.

Se  a gestante tem um objeto que para ela significa muito (um presente da avó, por exemplo), peço que ela leve na sessão, pois as fotos têm que ter a essência da família.

Mais recentemente, me apaixonei pelas fotografia Fine Art, que têm uma definição um pouco ampla, mas resumindo:  além de uma edição diferenciada, nelas, o fotógrafo  coloca o seu sentimento. O projeto de fotografar crianças em algumas profissões, sinceramente nasceu sem eu pensar muito sobre o assunto.

Comecei fotografando um menino numa oficina, depois numa sapataria, um engraxate... e por aí foram aparecendo as ideias.

Teve a sessão das meninas lavando roupa, os meninos trabalhadores na granja, os colhedores de banana  e mais algumas.

Tenho ainda muitas ideias para por em prática.   É apaixonante ver as crianças se divertindo e conhecendo um pouco de cada profissão.

As mães das crianças vão junto na sessão e dão todo o suporte. Agora na pandemia, fico bem longe, trabalhando sempre com uma lente zoom, não tenho contato com eles. Uso máscara e álcool gel, sempre.

Costumo dizer sempre, que ao contrário do que dizem 90% dos fotógrafos, eu não era apaixonada por fotografia. Foi ela que me descobriu, por necessidade. Essa necessidade virou uma paixão, que me ajudou e tem me ajudado muito.

Estudo fotografia todos os dias, no mínimo umas 4 horas. Não por obrigação, mas porque a paixão por ela, me faz querer saber sempre mais.

Minha maior recompensa na fotografia é quando o fotografado sente sua autoestima resgatada. Isso não tem dinheiro que pague!


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