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Baby talk: como essa ferramenta pode ajudar no desenvolvimento da criança


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 13/10/2022
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Ilustrativa (DepositPhotos)

 

O Baby Talk é o nome dado à fala direcionada a crianças, em especial bebês, que é infantilizada e costumeiramente usada, mas esse tipo de fala realmente traz benefícios às crianças? 

Quem nunca mudou seu tom de voz para falar com um bebê? É quase automático usarmos uma linguagem infantilizada, mais lenta e simples, muitas vezes imitando um bebê aprendendo a falar, esse modo de conversar é chamado ‘Baby Talk’.

No entanto, essa linguagem infantilizada é bem recebida pelos pequenos? Seu uso, mesmo que automático, traz benefícios ao desenvolvimento da criança?

Baby talk: uma ação automática

É instintivo usar a ‘fala de bebê’, ao se dirigir a crianças, em especial nos primeiros anos de vida, alterar o ritmo de voz, repetir sílabas desconexas, simplificar e lentificar a fala é uma ação que está ligada no automático.

Baby Talk é o nome dado a esse modo de comunicação característico da fala direcionada a crianças, em um primeiro momento pode parecer apenas uma maneira carinhosa e afetiva de tratar os pequenos, mas a ciência explica os benefícios desse tipo de fala para a interpretação e desenvolvimento das crianças.

Esse modo de falar não é puramente cultural pois em diversos países, culturas e idades é observado o uso do Baby Talk, então seria esse comportamento algo do instinto humano?

Normalmente, o Baby Talk é praticado com crianças menores e bebês em idade de desenvolvimento, nessa fase essa fala é fundamental para o desenvolvimento saudável do cérebro das crianças, principalmente as conexões neurais que dependem da interação que os bebês têm, interações essas que são potencializadas com o uso do Baby Talk.

Como os bebês interpretam o Baby Talk?

A voz humana faz parte do cotidiano do bebê, podendo ser ouvida desde a barriga da mãe por volta do 5º mês de gestação, o contato com a fala humana ajuda no desenvolvimento da sua própria oralização e ampliação do seu vocabulário, como explica o Pós PhD em neurociências e mestre em psicologia, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

O “sinal” do processamento de palavras é mais forte quando crianças com desenvolvimento típico ouvem palavras faladas em entonação semelhante a de bebês, em vez de falas dirigidas ‘ao modo’ adulto, este é mesmo o caso com crianças de até 36 meses. A maneira como falamos instintivamente com os bebês – tom mais alto, velocidade mais lenta, pronúncia exagerada – não apenas os atrai, mas provavelmente os ajuda a entender o que estamos dizendo”.

O uso do Baby Talk estimula mais fortemente a compreensão e atenção da criança, pois ela também é capaz de identificar sutis mudanças na entonação da fala, como ritmo, imitação e velocidade, que influenciam diretamente na capacidade de compreensão dos pequenos.

Eu sempre digo que devemos conversar com os nossos filhos, com argumentos e cultura de acordo com a idade da criança. Não estou falando em dizer as mesmas gírias ou estaremos ‘deseducando’. Mas seguir uma linha de raciocínio de acordo com a maturidade relativa e condicionar este conhecimento ao tipo de fala utilizado. 

Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues,é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.

 

Foto arquivo Pessoal


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