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Separar o lixo é dever de todos: coleta seletiva deixa de ser opção e vira urgência ambiental


Por: Alex Fernandes França
Data: 16/06/2025
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Diante do aumento expressivo na produção de resíduos sólidos nas cidades brasileiras, a coleta seletiva tem se tornado uma das principais aliadas na luta por um meio ambiente mais equilibrado e uma sociedade mais consciente. O simples ato de separar corretamente o lixo em casa ou no trabalho vai muito além de uma questão de organização: trata-se de uma ação cidadã, com reflexos diretos na saúde pública, na economia e na preservação dos recursos naturais.

Um problema que cresce com as cidades

A urbanização acelerada e o consumo desenfreado têm gerado toneladas de lixo todos os dias. Boa parte desses resíduos, quando não tratados ou separados corretamente, acaba sendo descartada em aterros sanitários ou, pior ainda, em locais inadequados, como rios, terrenos baldios e áreas verdes, provocando impactos ambientais e sociais severos.

É nesse contexto que a coleta seletiva surge como uma ferramenta estratégica e necessária. Mais do que reduzir o volume de lixo encaminhado aos aterros, esse sistema permite o reaproveitamento de materiais que podem ser reciclados e reinseridos na cadeia produtiva, diminuindo a necessidade de extrair novos recursos da natureza.

Por que separar o lixo?

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A coleta seletiva começa com a separação dos resíduos ainda na origem, ou seja, nas residências, comércios, escolas e empresas. Ao separar o lixo de forma correta, o cidadão colabora diretamente com:

  • A geração de emprego e renda, especialmente para catadores e cooperativas que vivem da triagem e venda dos recicláveis;
  • A redução do consumo de água e energia, utilizadas na fabricação de novos produtos;
  • A diminuição da poluição do solo, da água e do ar, causada pelo descarte incorreto de materiais;
  • E o aumento da vida útil dos aterros sanitários, que recebem menor volume de lixo.

Como fazer a separação correta?

O primeiro passo é conhecer os tipos de resíduos e como destiná-los de forma adequada:

  • Recicláveis (lixo seco): devem estar limpos e secos. São exemplos: papéis, papelão, plásticos, vidros (inteiros e bem embalados se quebrados) e metais como latas e tampas.
  • Orgânicos (lixo úmido): restos de comida, cascas de frutas e legumes, borra de café e saquinhos de chá. Esses materiais podem ser usados em processos de compostagem, transformando-se em adubo.
  • Não recicláveis: materiais que não têm reaproveitamento, como fraldas, absorventes, papel higiênico, cerâmicas e isopor sujo.
  • Resíduos perigosos ou especiais: pilhas, baterias, remédios vencidos, lâmpadas e eletrônicos devem ser levados a pontos de coleta específicos, normalmente disponíveis em farmácias, supermercados ou cooperativas.

Educação e responsabilidade compartilhada

Para que a coleta seletiva funcione de maneira eficaz, é fundamental que haja conscientização coletiva. A responsabilidade é de todos: cidadãos, poder público e iniciativa privada. Governos devem oferecer infraestrutura e campanhas educativas; empresas podem promover ações sustentáveis; e escolas têm o papel estratégico de formar novas gerações mais conscientes.

Cada gesto conta. Uma garrafa PET reciclada economiza energia, uma lata de alumínio retorna ao mercado em poucos dias, um vidro descartado corretamente evita acidentes e poluição. Mais do que números, são atitudes que transformam realidades.

Um pequeno gesto, uma grande mudança

Separar o lixo corretamente é um ato de respeito ao meio ambiente, às futuras gerações e à própria comunidade. A coleta seletiva é uma ponte entre o hoje e um amanhã mais limpo, saudável e sustentável.

Faça sua parte. Separe, recicle e compartilhe esse compromisso com quem está ao seu lado. O planeta agradece — e o futuro também.


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