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HOPE – Esperança aos animais em situação de violência


Por: Especial para JN
Data: 11/01/2022
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Protetores de animais atuam no acolhimento de cães em situação de maus-tratos, realizam feiras de adoção e pedem políticas públicas para o setor. 

Henrique Baldin de Almeida

henriquealmeida-@hotmail.com

Especial Jornal Noroeste

O Brasil é o segundo país no ranking dos maiores produtores de insumos do Mercado Pet no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, de acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos Para Animais (Abinpet). Apesar da grande aceitação dos animais de estimação e do crescimento do número de pets por lares, o abandono infelizmente ainda é algo muito presente na sociedade e, por conta disso, a proteção animal vem ganhando força em diversos centros urbanos.

Os protetores são cidadãos comuns que realizam um trabalho social, cuja a maioria atua sem auxílio do governo, mantendo seus projetos com a própria renda e com ajuda da população. Foi justamente nesse cenário que nasceu a HOPE – Associação de Proteção Animal, uma ONG de Nova Esperança, com o objetivo de proteger os animais em situação de abandono e violência. No ano de 2020 foi reconhecida com o título de utilidade pública na cidade, mas sendo regida por estatuto próprio. 

Segundo a diretoria da HOPE, todo o investimento para que se mantenha em atividade sai do bolso dos oito membros e dos pouquíssimos voluntários que auxiliam. O desafio financeiro é o que mais impede de expandir ainda mais os trabalhos. Juntamente a essa questão, ainda surgem as críticas da sociedade, que encara como uma obrigação o trabalho da ONG, como se tivessem que recolher absolutamente todos os animais e atender a todos os chamados. Segundo eles, muitas pessoas confundem a HOPE com o poder público e direcionam as críticas e os pedidos de maneira errada. Sendo que o foco teria que ser a conscientização; importante frisar que o abandono de animais é considerado crime, é uma vida como qualquer outra que merece atenção e cuidado.

Entre os principais motivos citados por pessoas que abrem mão de cães e gatos estão: gravidez na família, alergias e outras doenças, mudança de residência, filhotes indesejados, velhice do animal e falta de planejamento para a manutenção dos bichinhos. Como o abandono é diário e poucas cidades possuem planejamento previsto por lei para a vacinação e castração de animais de rua, além do encaminhamento para adoção, o que se nota na maioria dos municípios brasileiros é um aumento populacional desenfreado de cães e gatos.

A proteção animal tem se tornado importante para a vida em sociedade, pois vai além do resgate do animal em maus tratos. A atuação dos protetores envolve a castração, preparação e encaminhamento de cães e gatos para adoção, além da movimentação em busca de políticas públicas para o setor, como a participação em sessões e reuniões com representantes da política local. 

A HOPE não conta com um espaço físico, o que dificulta o trabalho de resgate e acolhimento, uma vez que os animais dependem de lares temporários. Por isso, são realizadas feiras de adoção regulares e divulgação nas redes sociais para que os animais consigam uma família. Atualmente, a maioria do atendimento é voltado para os cães, já que para gatos é necessário encontrar lares temporários específicos, e muitas vezes a ONG não conta com estrutura suficiente para abrigo desses bichinhos nas feirinhas de adoção. 

De acordo com a diretoria, quando o assunto é adoção, são bastante criteriosos, já que o animal tem um histórico de maus tratos e abandono. Por isso, são realizadas uma série de perguntas para identificar se o possível adotante realmente possui todas as condições afetivas e estruturais de adotar um cãozinho, e o mais importante: dar amor a ele. 

Quem tiver interesse em se tornar um voluntário, entre em contato com a HOPE pelo Facebook ou Instagram (@hopeprotecaoanimal). A equipe de voluntários irá realizar uma entrevista e entender a disponibilidade e função que melhor se enquadraria para cada um. 

Ajudar a causa animal é um ato de responsabilidade e amor. E dedicar-se a outro ser vivo, dando-lhe afeto, cuidados e atenção, é parte disso. 

Não se sabe ao certo quanto tempo a mãe passou amarrada com seus cinco filhotes dentro de uma caixa de papelão numa madrugada chuvosa. Ou quanto tempo o cãozinho atropelado ficou agonizando à beira da estrada devido a direção em alta velocidade de um motorista. Muito menos quem abandonou os cinco filhotes em um caixote à beira de uma rodovia. Esses são apenas alguns exemplos perversos da situação de abandono de animais domésticos em Nova Esperança e no Brasil afora. 

E sabe o que é pior? Enquanto você lê esse texto, mais um animalzinho está sofrendo maus tratos ou sendo abandonado. Mas esse cenário pode mudar, se você ajudar.

Vira-lata, adulto, de porte médio, pelagem curta e preta, esses ninguém quer adotar. Mas e se você esquecer essas características físicas e imaginar um superamigo, com olhos brilhantes e muito feliz te recebendo em casa? Vamos dar uma chance a todos os cãezinhos de ter carinho e o amor de uma família.

Entre em contato com a HOPE, ganhe um amigo que vai te amar incondicionalmente e transforme o mundo de quem só precisa de amor e barriguinha cheia.

A criação desta matéria foi possível com a contribuição, informações e dados cedidos por parte de alguns membros da HOPE: Laís Caroline Moreira Esteves, Rosângela Aparecida Silva, Carlos Roberto da Silva e Patrícia Danielli Gibin. 


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