Paraná tem participação expressiva em pesquisa sobre teletrabalho nos TCs
O Tribunal de Contas do Paraná teve participação expressiva na pesquisa nacional sobre o teletrabalho no âmbito dos TCs, realizada pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), em parceria com o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC). Responderam o questionário online 447 servidores do TCE-PR, o que representa 65% do total de 690 profissionais da Corte estadual.
Essa participação foi maior que o porcentual nacional, que ficou em 37% - 7.555 pessoas preencheram as 83 perguntas sobre o tema, de um universo de 20.143 servidores públicos espalhados em 32 TC's brasileiros (apenas um tribunal não participou). Os números consolidados do Tribunal paranaense serão publicados em breve.
Os números foram apresentados em live , transmitida nesta quinta-feira (13 de maio) no canal do YouTube do CNPTC. A pesquisa foi disponibilizada pelo IRB em março deste ano.
A nova modalidade laboral, popularizada em função da necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia do novo coronavírus, foi recentemente regulamentada pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).
O evento de apresentação dos resultados da pesquisa nacional foi mediado pela analista de controle do TCE-PR Adriana do Rocio Loro, que também integra o Comitê Técnico de Gestão de Pessoas do IRB, entidade presidida pelo conselheiro Ivan Bonilha, vice-presidente da corte de contas paranaense. A live, que foi acompanhada por mais de 500 pessoas, também contou com a presença do presidente do TCE-PR, conselheiro Fabio Camargo.
Participaram ainda o presidente do CNPTC e do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), conselheiro Joaquim Alves de Castro Neto, e o presidente do TCE do Espírito Santo, conselheiro Rodrigo Chamoun, entre outras autoridades.
Servidores são favoráveis ao trabalho remoto
A robustez da amostra assegura que os resultados do levantamento apresentam um nível de confiança de 99%, bem como erro amostral de somente 5%, algo considerado excelente no que diz respeito à análise de dados estatísticos.
Os dados obtidos revelam que a ampla maioria dos servidores é favorável à implementação do teletrabalho nos TCs, com 80% dos respondentes manifestando interesse em permanecer exercendo suas atividades remotamente após a pandemia.
Além de terem apontado as principais vantagens deste regime laboral, os participantes ressaltaram a importância da disponibilização de infraestrutura adequada, do acesso a recursos tecnológicos, do acompanhamento assíduo dos gestores e da ampliação de oferta de capacitação na modalidade à distância.
O levantamento também reuniu dados sobre as competências técnicas e gerenciais que precisam ser desenvolvidas para garantir o bom funcionamento do teletrabalho nos órgãos de controle externo, oferecendo ainda indícios a respeito do comportamento emocional dos servidores diante do atual período emergencial.
"Ao analisarmos as informações obtidas, podemos perceber que temos indicadores extremamente importantes para subsidiar ações que podem ser adotadas pelos tribunais em relação ao teletrabalho nas áreas de gestão de pessoas, da condução dos processos de trabalho e da capacitação de gestores e servidores", destacou Adriano Loro.
O relatório da pesquisa apresentou os resultados conforme a seguinte divisão: antes, durante e após a pandemia, contemplando ainda o perfil dos respondentes. A partir desses dados, um grupo de trabalho será formado para elaborar um documento nacional sobre o assunto, que apontará diretrizes para a adoção dessa modalidade de trabalho por parte dos TCs.