Dependendo o tipo do escorpião, principalmente o amarelo, os riscos de morte nos animais de estimação são grandes. O médico-veterinário Cléber Galinari orienta como proceder em caso de ataque 

O escorpião amarelo, de nome científico Tityus serrulatus, típico das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil vem se proliferando muito rapidamente na região Sul, situação que vem preocupando as autoridades de Saúde de todo o Estado do Paraná. Além da preocupação com os seres humanos, existe o risco de picadas e consequentemente a morte de animais, sobretudo os de pequeno porte, como cães e gatos, que costumam correr soltos pelos quintais.  Segundo o médico veterinário Cléber Galinari, “o veneno d escorpião pode atingir o sistema nervoso do animal, mas a gravidade do envenenamento depende do tipo de escorpião e do tamanho do animal picado”, salientou.

O veterinário explica que após a picada, podem surgir vários sintomas tais como: dor intensa no local da picada, dificuldade de engolir, salivação excessiva, vômitos, pupilas dilatadas, fraqueza generalizada e dificuldades respiratórias. “A picada de escorpião pode levar o animal à morte, devido à hipertensão, ao colapso respiratório ou anomalias do ritmo cardíaco, que podem ser provocadas de acordo com a quantidade e o tipo de veneno. Não há o que fazer neste caso, apenas encaminhar o animal imediatamente ao médico veterinário, pois a urgência no atendimento faz a diferença em salvar o animal, que precisará ficar internado, até que tenha se recuperado dos efeitos do veneno. Inicialmente fazemos o bloqueio e na sequência os atendimentos necessários”, salientou Galinari. 

A espécie de escorpião amarelo está predominando na região, situação que se torna preocupante não apenas por seu alto grau de periculosidade como também a , sua reprodução que se dá  por partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir sem que haja fecundação, não havendo necessidade de casal. É resistente à maioria dos pesticidas, possui sensibilidade de sentir a presença de uma substância irritante, se escondendo onde não tem veneno. Se desalojam quando ficam irritados e podem ficar escondidos sem se alimentar por até 30 dias e depois reaparecem.

Como os escorpiões se alimentam de pequenos insetos, a recomendação é que os moradores mantenham suas casas dedetizadas, principalmente para combater baratas, que são presas fáceis para o escorpião. Escolham por venenos que em sua ficha técnica sejam eficazes contra escorpião, que não possuam efeito de repelência e sem cheiro, para evitar ataque da praga. No momento da aplicação é sempre bom procurar empresa especializada, pois o uso descontrolado e inseguro de venenos pode causar dano à saúde e meio ambiente. “No momento da dedetização levem o animal para outro ambiente, evitando que inalem ou lambam o veneno. Evitem esse contato que também pode ser fatal”, finalizou o veterinário.