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Câncer de pele não melanoma atinge cerca de 175 mil pessoas ao ano no Brasil; estudo paranaense avaliou os subtipos da doença


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 24/12/2021
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Dezembro Laranja alerta sobre os cuidados necessários para a prevenção da doença.

Esse tipo de câncer de pele é menos letal que o melanoma, mas no local acometido pode causar destruição ao longo dos meses/anos. Seus subtipos mais comuns são os carcinomas basocelular e espinocelular.

Um estudo recente, publicado no International Journal of Dermatology e realizado com 368 pacientes de Curitiba, aponta que a eficácia da dermatoscopia - método de exame não invasivo de pele - realizado por dermatologistas para a delimitação do carcinoma basocelular (CBC), varia de acordo com o seu subtipo.

De acordo com o dermatologista e cirurgião de Mohs, Dr. Felipe Cerci, autor/co-autor de 48 artigos científicos, a maioria deles sobre carcinoma basocelular e cirurgia micrográfica de Mohs, a dermatoscopia foi precisa na delimitação das margens em 87% dos casos do subtipo mais comum de CBC, conhecido como nodular ou sólido. "Entretanto, para os outros subtipos como, por exemplo, os esclerodermiformes e os micronodulares, a acurácia da dermatoscopia foi de 20% e 58%, respectivamente. Isso significa que a extensão lateral de certos subtipos de CBC pode ser "invisível" a este método de exame"

A técnica de Mohs é um método de tratamento extremamente eficaz e indicado para casos de carcinomas no rosto. "O procedimento menos invasivo é capaz de retirar completamente as raízes do câncer de pele e preservar ao máximo a pele sadia. Isso é possível pois o cirurgião faz uma análise das margens cirúrgicas no microscópio imediatamente após remoção da lesão", afirmou.

A preservação da pele sadia proporciona ao paciente menor cicatriz e, em muitos casos, é importante para questões funcionais. Por exemplo, a remoção desnecessária de pele devido a um câncer nas pálpebras ou no nariz pode levar a prejuízos na visão e na respiração.

Por essas razões, essas áreas consideradas "nobres" têm indicação da cirurgia de Mohs como tratamento. "São localizadas na face e têm importância estética e funcional. Estamos falando do nariz, pálpebras, orelhas e na região ao redor da boca", explicou.

Diversos estudos apontam a segurança e a eficácia da cirurgia de Mohs. "Quando realizada sob anestesia local, conforme preconizado pela Academia Americana de Dermatologia e Colégio Americano de Cirurgia de Mohs, os índices de complicação são extremamente baixos (0,72%), inclusive casos de infecção da ferida cirúrgica, representando um total de apenas 0,39% dos casos", afirma o especialista.

A cirurgia de Mohs é indicada principalmente para os carcinomas basocelulares e espinocelulares localizados na face. Entretanto, outros tumores mais raros como dermatofibrosarcoma protuberans, carcinoma anexial microcístico, carcinoma sebáceo e fibroxantoma atípico também podem ser tratados com a técnica.

Um estudo americano realizado com pacientes submetidos à cirurgia de Mohs demonstrou que 97% dos pacientes ficaram satisfeitos com o procedimento e que, se necessário, se submeteriam novamente a ele.

É importante ressaltar que grande parte dos carcinomas não são localizados na face e, por isso, não têm indicação de cirurgia de Mohs e podem ser adequadamente tratados com cirurgia convencional, curetagem (similar a uma raspagem) e eletrocauterização, entre outros tratamentos.

PREVENÇÃO  

 Alguns cuidados são essenciais para evitar a ocorrência do câncer de pele, confira algumas dicas essenciais para o verão:

- Utilize filtro solar de alta proteção em todas as áreas expostas ao sol;

- Escolha se expor ao sol antes das 10 horas e após às 16h;

- Use sempre óculos escuros;

- Acessórios como chapéus e bonés são fundamentais;

 


Anuncie com Jornal Noroeste
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