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Conheça os mitos e verdades sobre a imunização do público infantil contra a COVID-19


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 27/01/2022
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Maior hospital exclusivamente pediátrico do país recomenda a vacinação e ressalta que essa medida é essencial para proteger a vida e a saúde das crianças 

O Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, recomenda a vacinação do público infantil contra a COVID-19 e ressalta que essa medida é essencial para proteger a vida e a saúde das crianças. Diante das dúvidas de pais e responsáveis sobre a vacina para a faixa etária de 5 a 11 anos, a coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Giamberardino, explica que as vacinas são completamente seguras e altamente eficazes para proteger as crianças e os adolescentes.

“Além de proteger a criança contra a COVID-19 – a partir dos 5 anos, as crianças apresentam uma melhor resposta imunogênica [produção de anticorpos] –, a vacinação também tem um efeito na saúde mental, à medida que, estando protegidas, as crianças poderão retomar as suas atividades normais, a sua convivência social, com mais segurança”, destaca a pediatra e imunologista.

 

Estatísticas mostram que o Brasil é o segundo país com mais óbitos infantis causados pelo coronavírus no mundo. Desde o início da pandemia, mais de 300 óbitos de crianças com idade entre 5 e 11 anos foram registrados em território brasileiro. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma nota na qual diz que nenhuma outra doença imunoprevenível matou tantas crianças e adolescentes em 2021 quanto a COVID-19. No Pequeno Príncipe, os casos voltaram a subir em 2022, só nos primeiros 20 dias, 291 crianças foram diagnosticadas com a COVID-19, um aumento de 50% em relação a junho do ano passado, mês em que se registrou a maior ocorrência da doença, com 193 casos.

 

A especialista também lembra que a vacinação é um direito das crianças e dos adolescentes, assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. “Vacinar é um ato de amor ao seu filho, ao filho dos outros e de toda a sociedade porque não recebemos vacinas apenas para a proteção individual, mas também para a proteção coletiva. Devemos sempre temer a doença e não a vacina.”

 

Para ajudar, as famílias com seus principais questionamentos, o Pequeno Príncipe elencou informações sobre o que é mito ou verdade em relação a imunização de crianças contra a COVID-19.

 

1- A vacina contra a COVID-19 para crianças é segura

VERDADE

Diversos estudos comprovam a segurança e a eficácia das vacinas em crianças. O imunizante da Pfizer, que começa a ser aplicado nas crianças brasileiras, foi aprovado pelas agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é um órgão extremamente sério e competente no Brasil. A vacina foi testada em milhares de crianças, comprovando sua segurança e eficácia. Nos países em que a vacinação de crianças já está acontecendo, como os Estados Unidos, não há relatos de casos adversos de preocupação. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) também recomendam a imunização. Na semana passada, a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, também recebeu aprovação da Anvisa para ser utilizada em crianças na faixa etária entre 6 e 17 anos de idade. Esse imunizante possui também um excelente perfil de segurança, além de ser produzido com tecnologia já muito bem estabelecida, sendo uma excelente opção para contribuir no quantitativo de doses necessárias para serem disponibilizadas às crianças.

 

2- É melhor meu filho ser imunizado contra a COVID-19 pegando a doença do que tomando a vacina

MITO

Ao contrair a doença natural, a produção de anticorpos ocorre, mas por tempo limitado e indefinido, além de expor a criança a uma série de complicações, como a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), que afeta vários órgãos e sistemas do corpo, podendo levar a óbito. A vacinação, segundo os especialistas, ajuda a evitar que as crianças adoeçam gravemente, mesmo que contraiam a doença.

 

3- A vacina contra a COVID-19 altera o DNA das crianças

MITO

Existem muitas fake news circulando a respeito da vacinação, e uma dessas falsas notícias é que a vacina altera o DNA da criança. Essa informação não tem base científica. A vacina da Pfizer possui uma plataforma de RNA que é uma substância que circula no citoplasma da célula. Nosso código genético, ou seja, nosso DNA, localiza-se nos núcleos das células, portanto tal informação não possui nenhuma plausibilidade biológica, e nenhuma vacina tem esse poder.

 

4- A vacina contra a COVID-19 para crianças dá reação

DEPENDE

Assim como nos adultos e também como nas demais vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI), algumas crianças podem ter reações, e outras não. Geralmente, as reações mais comuns nas crianças ao receberem uma vacina são febre baixa e dor no local da aplicação, mas apresentam curta duração.

 

5- A vacina contra a COVID-19 dá problema no coração das crianças

MITO

As crianças que são infectadas pelo coronavírus possuem de 10 a 17 vezes mais chances de desenvolver uma miocardite do que as que tomam a vacina. O risco de ocorrência de miocardite em crianças na faixa etária entre 5 e 12 anos é, em média, de um caso para um milhão de doses. Mesmo que venham a desenvolver essa complicação em função do imunizante, ela se apresenta de forma muito mais branda e com uma evolução melhor do que a causada pelo vírus, sem sequelas e autolimitada.

 

6- Com a vacina, meu filho pode deixar de usar máscara e álcool em gel e de manter distanciamento social

MITO

Mesmo vacinados, adultos e crianças precisam continuar usando máscara, fazendo a higienização correta e frequente das mãos, utilizando álcool em gel e mantendo distanciamento, especialmente neste momento da pandemia, em que a variante Ômicron está predominando no cenário pandêmico. A variante Ômicron tem uma transmissibilidade muito elevada, o que aumenta as chances de contaminação se os cuidados não forem mantidos e associados à vacinação.

 

7- A criança não deve receber outra vacina no mesmo dia em que for imunizada contra a COVID-19

VERDADE

Neste primeiro momento, a recomendação do Ministério da Saúde é manter o intervalo de 15 dias entre as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), apenas como uma medida de cautela e de melhor avaliação de eventuais eventos adversos. Em criança que apresentou COVID-19, o intervalo recomendado é de 30 dias para vacinação após o fim da quarentena.

 

Para mais informações, pais e responsáveis também podem acessar a live do infectologista e vice-diretor técnico do Pequeno Príncipe, Victor Horário, no canal da instituição no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=MymenDhv76w

 

 

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede na capital paranaense, o Pequeno Príncipe é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Oferece atendimento em 32 especialidades, com equipes multiprofissionais especializadas. Com 384 leitos, sendo 68 em UTIs, realiza 60% dos atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, mesmo com a pandemia de coronavírus, foram realizados 159 mil atendimentos e 12 mil cirurgias que beneficiaram meninos e meninas do Brasil inteiro.


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