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A melhor idade deve ser bem aproveitada com qualidade de vida


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 07/07/2021
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 Geriatras e oftalmologistas alertam: isolamento do idoso pode ser sintoma de problemas de visão

Tropeços, desinteresse em assistir televisão, abandono do hábito de leitura ou de jogos como cartas ou dominó. Esses podem ser indicativos importantes de que o idoso não está enxergando bem. É o que explica Dr. Renato Maia, presidente da Associação Internacional de Geriatria. "Muitas vezes, o indivíduo não compreende que se trata de um problema de visão e acaba por se isolar e, até mesmo, vivenciar quadros de depressão", explica o especialista. 

            Já está claro para os geriatras que ver bem é fator fundamental para a qualidade de vida na terceira idade, uma vez que o idoso preserva sua segurança, autonomia e liberdade. E isso é perceptível também nos consultórios oftalmológicos. "Após a cirurgia de catarata, por exemplo, vemos pacientes maduros modificar a atitude perante a vida, tornando-se até mesmo mais vaidosos e extrovertidos", destaca o oftalmologista José Geraldo Pereira. 

            Aos que adotam uma postura fatalista em relação ao envelhecimento, Dr. Renato Maia é taxativo. "Acreditar que perdas, inclusive da visão, fazem parte do processo de amadurecimento é um equívoco. O que ocorre na prática é que muitas pessoas perdem a visão por falta de cuidados preventivos e pela falta de avaliações oftalmológicas regulares", destaca.

 

            Após os 60 anos, recomenda-se visita anual ao oftalmologista para avaliação clínica e realização de alguns exames de rotina. "A demora em reconhecer e tratar adequadamente doenças como o glaucoma favorece o desenvolvimento de lesões definitivas. Pacientes com doenças sistêmicas, como hipertensão e, especialmente, diabetes, devem ter uma atenção redobrada com a saúde global e da visão", acrescenta Dr. José Geraldo. 

            De acordo com o médico, a maior parte das doenças oftalmológicas rondam a terceira idade, mas algumas têm maior incidência. São elas:

* Catarata - Caracteriza-se por uma turvação do cristalino, a lente natural que temos no olho. Para tratá-la, o paciente deve submeter-se a cirurgia.

* Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) - São alterações físicas da área central da retina. A terapia fotodinâmica é a mais indicada para amenizar o problema.

* Glaucoma - É um distúrbio no qual a pressão do globo ocular aumenta, lesando o nervo óptico. Pode ser tratada com colírios e, em casos mais graves, demanda cirurgia.

* Distrofias de Córnea - São caracterizadas por distorções na morfologia da córnea. Exigem transplante de córnea.

* Retinopatia Diabética - Manifesta-se através de lesões na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. Pode ser tratada com laser ou cirurgia convencional. O paciente deve ainda receber acompanhamento especializado para o diabetes.

 

            O diagnóstico precoce dessas doenças é fundamental. "A única coisa que o paciente pode fazer por conta própria é tampar um olho e testar a visão do outro, comparando os dois. Se houver uma diferença importante, é necessário procurar o oftalmologista com urgência", complementa o especialista Daniel Moon Lee.

 


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