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Nova Esperança completa hoje seu 69º aniversário


Por: Alex Fernandes França
Data: 14/12/2021
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             O município de Nova Esperança está completando hoje, 14 de dezembro, 69 anos de sua Emancipação Política.  Anos antes de seu processo de povoamento, a região era visitada por tropeiros e viajantes que vinham de São Paulo e Mato Grosso do Sul, com destino aos campos de Guarapuava e de Palmas. Estes viajantes penetravam o sertão entre um caminho aberto a partir de 1926, por uma empresa de levantamento topográfico, que abria picadas que levavam aos Campos de Guarapuava. De uma hora para outra a empresa paralisou seus trabalhos se retirando da região. Provavelmente em face às concessões do governo paranaense de terras feitas à Companhia Melhoramentos. 

(Jornal Noroeste) Década de 50: Os primeiros moradores começam a construir a história do município

Alguns funcionários daquela companhia topográfica construíram uma capelinha às margens do Rio Biguá, devido a isso o primeiro nome do então povoado: Capelinha. 
Em 1946, a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná chegou a Capelinha, iniciando a mediação e a demarcação de uma futura cidade. Em outubro do mesmo ano, o Sr. José Xavier de Barros e sua esposa D. Benedita aqui chegaram, ocupando uma casa abandonada e transformando-a em uma hospedaria, que no ano seguinte se tornaria um hotel para atender a tropeiros e boiadeiros que por aqui passaram. Daí em diante o número de pessoas que aqui chegavam e se estabeleciam era cada vez maior, tanto na zona urbana quanto na zona rural.

: Casal de agricultores posa para a foto histórica tendo ao fundo os imensos pés de café, lavoura da época e que seriam praticamente dizimados em todo o Paraná com a forte geada de 1975

No ano de 1948 começou a abertura e colonização da cidade, para onde vieram correntes migratórias de todas as regiões brasileiras e, no ano de 1951, a povoação já possuía 6 serrarias, 06 máquinas de beneficiar arroz, 02 debulhadeiras de milho, 02 fábricas de móveis, 01 máquina de café, 05 postos de gasolina, 02 serrarias, 05 oficinas mecânicas, 03 sorveterias, 28 casas de secos e molhados, 16 casas de tecidos, 22 bares, 04 barbearias, 02 tinturarias, 04 alfaiatarias, 01 fábrica de calçados, 01 funilaria, 03 restaurantes, 01 relojoaria, 02 casas especializadas em ferragens, 12 carros de aluguel, 42 caminhões de aluguel, 03 carros particular, 05 depósitos de tijolos e telhas, 01 fábrica de tubos, 06 compradores de cereais, 01 correio particular, 02 escritórios comerciais, 04 médicos, 02 dentistas e 01 engenheiro agrônomo (isto abrangendo todo o território de Capelinha que era muito grande na época). 

Com um processo de ocupação tão rápido, devido à necessidade, pleiteou-se a criação de um distrito administrativo, porém sem ter que passar pelo estágio de distrito, Capelinha foi elevada à categoria de município, com a denominação de Nova Esperança, através da Lei Estadual nº 790, de 14 de março de 1951, criada pelo deputado Francisco Silveira Rocha e sancionada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Neto. 
A denominação foi sugerida pelo deputado Francisco Silveira da Rocha, para a criação do município de Capelinha, o que não ocorreu por haver município homônimo no Estado da Bahia. O nome Nova Esperança sugere dias melhores ou esperança no futuro. 

Ano 1956: a antiga Estação Rodoviária da cidade no local onde hoje é a Praça Mello Palheta

INSTALAÇÃO OFICIAL
A instalação oficial ocorreu no dia 14 de dezembro de 1952, com a posse do primeiro prefeito eleito, o médico José Teixeira da Silveira (1918-2009) e dos primeiros vereadores, dr. Kepler Gonçalves Palhano, José Felipe Elias, Hélio de Moraes Barbosa, Adelício Fagundes Dias, João Vieira, Afonso Sgssard, Alídio Roboledo, Daniel Lopes Marques e Eduardo Sequi.
A instalação da Comarca de Nova Esperança ocorreu dois anos depois da data de fundação da cidade, em 11 de março de 1954. A Comarca de Nova Esperança pertencia anteriormente à Comarca de Mandaguari. Sua instalação coincidiu com a posse do primeiro Juiz de Direito, Dr. Carlos Bezerra Valente. Bezerra foi empossado pelo desembargador José Munhoz de Mello, então presidente do Tribunal de Justiça do Paraná. O primeiro promotor de Justiça da Comarca foi Amauri Fiorillo, o primeiro Oficial de Justiça foi Irineu Maciel e o primeiro Cartorário, Pedro Arthur Sampaio, que posteriormente seria também prefeito de Nova Esperança. Pertencem a Comarca de Nova Esperança os municípios de Atalaia, Uniflor, Presidente Castelo Branco, Floraí , além da cidade sede.

: 1º de maio de 1960 – Desfile Cívico em comemoração ao Dia do trabalhador: foto histórica

 

ETNIAS
A grande variedade de etnias como italianos, japoneses, alemães entre outros migrantes de estados vizinhos ou longínquos do Brasil foi construindo a história de desenvolvimento do município.
A cultura cafeeira, cujo produto (café) era popularmente denominado “ouro verde”, devido ao alto valor de mercado na época e o clima e solos propícios ao seu plantio foi talvez a grande responsável pelo acelerado desenvolvimento da economia local, contribuindo sobremaneira para a instalação do Município de Nova Esperança em 14 de dezembro de 1952.
A influência do café foi tamanha que o ponto mais central da cidade leva o nome de Praça Mello Palheta, devido ser este homem, Francisco de Mello Palheta, o responsável por trazer mudas de café da Guiana Francesa para o Brasil, no ano de 1727.
Recursos Hídricos
Os recursos hídricos de Nova Esperança são bem distribuídos, sendo que a quase totalidade dos lotes está situada às margens de córregos ou ribeirões.
Os principais ribeirões são: Ribeirão do Diabo, Ribeirão Piúna, Ribeirão Esperança, Ribeirão Paracatu, Ribeirão Caxangá, Ribeirão Fundo e Ribeirão Anhumaí.

CULTURAS
O tempo foi passando e a cultura cafeeira foi aos poucos sendo substituída por outras, num processo mais amplo onde a diversificação da atividade agrícola agregou num primeiro momento a sericicultura como a mais promissora substituta do café, mas que já na década posterior ao seu plantio cedeu espaço a culturas como a laranja, uva, mandioca dentre outras. Mas até hoje Nova Esperança é conhecida como a “Capital Nacional da Seda”.
As características do solo e a temperatura anual em média em torno dos 25º c, fazem da economia essencialmente agrícola, mas na composição da economia destacam-se a agricultura e a pecuária, além de atividades industriais.

 

 




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