Conselho de Sentença, composto por 07 pessoas da comunidade reconheceu a materialidade de homicídio tentado, porém excluiu a qualificadora de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Aconteceu na terça-feira (17) no Salão do Júri do Foro Regional de Nova Esperança, o julgamento de Cassiano Antônio Vieira Silvino (27 anos). Ele foi acusado de, no dia 07 de novembro de 2020, tentar matar por meio de diversos disparos de arma de fogo, Jônatas de Castro Vidal.

A defesa do acusado contestou, durante os debates ocorridos na sessão de julgamento, a versão apresentada pelo Ministério Público de que o denunciado tenha agido impelido por motivo fútil e de que havia desferido os disparos por estar incomodado com o fato de a vítima ter ido até a residência de Cassiano buscar os filhos menores de idade, fruto de um anterior relacionamento que a vítima manteve com a companheira do autor.

 Segundo a denúncia oferecida pelo MP, “o crime foi cometido com recurso que impossibilitou, ou, ao menos, dificultou a defesa da vítima, já que esta, no momento em que fora atingida, encontrava-se desarmada e manobrando seu veículo, e jamais poderia esperar que de repente passasse a ser alvejada por disparos de arma de fogo de quem quer que fosse”.

O Conselho de Sentença, composto por 07 pessoas da comunidade, reconheceu por maioria que houve efetivamente a tentativa de homicídio, porém excluiu a qualificadora de uso de defesa que impossibilitou a defesa da vítima.  O réu foi condenado a 09 anos e 20 dias de reclusão.