Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia contra nove pessoas investigadas na Operação Coleta. Entre os denunciados, estão a atual prefeita de Paranacity (Noroeste do estado), dois secretários (de Governo e de Agricultura e Meio Ambiente) e dois ex-secretários (de Obras e de Administração), um empresário, um advogado e duas servidoras municipais (uma delas, procuradora jurídica do Município).

Deflagrada em fevereiro, a Operação Coleta investiga a atuação criminosa de servidores e empresários que teriam se utilizado de empresas para o desvio de dinheiro público em Paranacity. Os investigados foram denunciados por associação criminosa, fraude a licitação e desvio de dinheiro público. Na denúncia, o MPPR pede ainda o perdimento do produto dos crimes, em pelo menos R$ 130 mil, e a perda da função pública dos réus em caso de condenação.

Veja matéria anterior sobre o caso:

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu em 12 de fevereiro, cinco mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão em Paranacity, no Noroeste do estado, e em municípios próximos. Realizada no âmbito da Operação Coleta, a ação tem como alvo dois ex-secretários do Município (da atual gestão, mas exonerados recentemente), um advogado contratado e dois empresários.

As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Câmara do Tribunal de Justiça do Paraná, que também determinou que a atual prefeita de Paranacity não tenha contato com testemunhas e demais investigados.

Dos 18 mandados, 12 foram cumpridos em Paranacity e os demais nos municípios de Itaguajé (um), Bela Vista do Paraíso (dois), Maringá (dois) e Paranavaí (um). Foram feitas buscas em gabinetes e nos setores de recursos humanos e de licitações da prefeitura de Paranacity, no prédio da Secretaria Municipal de Obras, em quatro empresas, dois escritórios de contabilidade e dez residências.

Desvio de dinheiro – A Operação Coleta investiga a atuação criminosa de servidores e empresários que teriam se utilizado de empresas para o desvio de dinheiro público. Segundo as investigações, empresa contratada para fazer conservação e limpeza recebia valores referentes à prestação do serviço, mas o Município pagava diretamente a funcionários particulares da empresa de limpeza, principalmente em reclamatória trabalhista. Além disso, dentro do esquema montado, um posto de combustíveis emitia notas falsas para justificar a retirada de dinheiro e os pagamentos indevidos pela prefeitura. Comunicação MPPR