A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.


Médico alerta para os perigos da automedicação: “riscos de intoxicação e morte”


Por: Alex Fernandes França
Data: 22/02/2019
  • Compartilhar:
Hábito de se automedicar tem se tornado cada vez mais rotineiro entre a população. Pesquisa do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade mostra que cerca de 70% da população brasileira tem esse péssimo costume.

Muitas pessoas ao sentirem os primeiros sintomas de mal estar, gripe ou dor de cabeça corre para a caixinha de remédio guardada em casa ou à primeira farmácia em busca de um medicamento para o seu problema, sem qualquer diagnóstico médico. Há aqueles que têm o hábito de copiar os exemplos de outras pessoas: “se funcionou com ele, vai dar certo pra mim também”, dizem.  De acordo com o médico Dr. Cláudio Golemba, a automedicação é hábito comum e até folclórico entre a população, porém sem o diagnóstico preciso e tratamento adequado para cada patologia, problemas sérios podem ser causados.

Pesquisa do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade mostra que cerca de 70% da população brasileira tem o costume de se automedicar. “No ano passado em nível de Brasil houve quase 13 mil casos de intoxicação por medicamento e isto invariavelmente está associado à automedicação. Com remédio não se brinca. O ditado popular diz que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose aplicada. Isso tem certo fundamento, porém identificar a patologia para administrar a medicação garante o resultado do tratamento”, enfatiza o médico. 

Golemba diz ainda que muitos pacientes se utilizam de medicamentos abertos usados por algum familiar, como no caso de antibióticos para “tratar algum mal”. Muitos remédios caseiros são eficazes, mas o efeito placebo, onde a pessoa se sente bem após ingerir determinada medicação também ocorre. “Há casos de pacientes que chegam mal. Basta um bate papo no consultório, já saem felizes dizendo que a consulta valeu à pena. Às vezes querem extravasar algum problema acumulado a outros ao longo da semana”, conta o médico. 

MAIS COMUNS

Entre os remédios que aparecem como alvos principais da automedicação estão os que combatem a dor de cabeça e muscular, tosse e resfriados, problemas digestivos como prisão de ventre, diarreia e ardor no estômago. Remédios para rinites alérgicas, aftas, hemorroidas, queimaduras solares, verrugas, e problemas cutâneos moderados completam a lista. O uso incorreto pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada esconde determinados sintomas.

“O uso indiscriminado de remédios pode levar ainda a graves problemas como lesões no fígado, insuficiência nos rins, sangramentos no estômago e nos intestinos e ainda à aplasia de medula, uma doença que interfere na formação das células do sangue”.

De acordo com Cláudio Golemba, alguns medicamentos conhecidos e de fácil acesso que contêm dipirona, paracetamol, ácido acetilsalicílico, entre outros, podem causar efeitos adversos como lesões de pele, queda de pressão arterial, mal-estar, tonturas, desmaios, que são normalmente revertidos com a interrupção do uso. “Porém, em alguns casos, podem ocasionar danos graves e até irreversíveis, levando em consideração a faixa etária, sendo que idosos e crianças são os mais atingidos. Em casos de necessidade, evite a automedicação e procure sempre orientação do seu médico”, finalizou o profissional. 


Anuncie com Jornal Noroeste
A caption for the above image.


Veja Também


smartphone

Acesse o melhor conteúdo jornalístico da região através do seu dispositivos, tablets, celulares e televisores.