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“É hora de controlar as formigas cortadeiras”, alerta Gerente da Emater


Por: Especial para JN
Data: 29/09/2022
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Valter Olivatti, Gerente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná/Emater – Iapar – Unidade Nova Esperança está alertando os produtores rurais para que realizem o controle da praga conhecida tanto na zona urbana quanto rural: a formiga cortadeira.

Com informações do Alerta Paraná

Ilustrativa/Freepik

O Gerente do Instituto do Desenvolvimento Rural do Paraná/Emater/IAPAR – Unidade Nova Esperança, Valter Olivatti, procurou a reportagem do JN para fazer um alerta aos produtores rurais que muitas vezes acabam nem percebendo o grande estrago em andamento causado pelas formigas cortadeiras, cuja reprodução, ou revoada, ocorre entre os meses de setembro e outubro, quando deve ser iniciado o manejo correto, estendido até abril ou maio.

         Segundo Olivatti, “em frutíferas, a desfolha causa diversos problemas. Já nas hortaliças, a formiga causa uma perda muito grande, principalmente na fase de plantio. No entanto, o principal alvo são as pastagens, onde o dano pode chegar a duas cabeças de animal por hectare. Um dos fatores que contribui com o prejuízo gerado pela presença de formigas cortadeiras diz respeito ao horário em que elas costumam trabalhar, que é no período da noite. Nesse período a vistoria tem que ser feita de forma rotineira. Aplicou a isca, já vai lá ver se ela levou embora. Se não levou, aplica em outro lugar”, afirmou o Gerente da Emater, que alerta sobre cuidados simples e extremamente importantes, como não abrir o pacote da isca e nem colocar em cima dos carreiros ou olheiros. Também é preciso estar atento à umidade do solo, pois as formigas cortadeiras não levam iscas úmidas ao formigueiro.

De acordo com o Gerente do IDR-Emater/IAPAR, Valter Olivatti, “o método mais eficiente é o uso da isca formicida, que faz com que as formigas levem o produto até o interior do formigueiro, causando um desequilíbrio e matando a rainha por intoxicação” - Foto Alex Fernandes França 

Métodos de controle

Os métodos de controle podem ser químicos, físicos ou alternativos. O mecânico consiste no uso de cones presos ao tronco das árvores para impedir o acesso das formigas, captura da rainha em formigueiros jovens, uso de água quente entre outros. No biológico ocorre o estímulo por inimigos naturais, como pássaros, fungos e outros. Já o químico, que é o mais eficiente, pode ser feito por polvilhamento, termoebulização e uso de iscas.

Ainda de acordo com Valter Olivatti, o método mais eficiente é o uso da isca formicida, que faz com que as formigas levem o produto até o interior do formigueiro, causando um desequilíbrio e matando a rainha por intoxicação. “A isca é colocada ao longo do carreiro e as próprias formigas se encarregam do restante, matando por meio do contato.  É fundamental evitar que os animais cheguem perto, pois podem se intoxicar” , disse.

No entanto, é preciso ser feita uma análise da situação da propriedade. "O produtor fazendo o controle agora interfere nessa revoada e evita a multiplicação, ou seja, novos ninhos. Na espécie saúva, o produtor precisa fazer uma avaliação do tamanho do formigueiro. Uma dica é pegar os dois formigueiros mais distantes um do outro, no sentido norte-sul e leste-oeste. Ele faz a conta e assim vai ter a área de abrangência do formigueiro. A dose de isca varia de 6 a 10 gramas por metro quadrado. Se fizer esse controle com a quantidade errada, ele se torna ineficaz”, ressaltou.

“Com 36 meses o formigueiro já é adulto, quando vai começar sair as iças, que darão origem às novas rainhas. Agora é fundamental fazer este controle. Nesse momento o controle é muito difícil, por isso a gente preconiza os cuidados no período da revoada - entre setembro e outubro -, quando a formiga está desprotegida. Todos os métodos de controle visam matar a rainha. Essa é a única forma de acabar com um formigueiro”, finalizou Valter Olivatti.

Mais informações

Instituto do Desenvolvimento Rural do Paraná/Emater/IAPAR

Praça Mal. Artur da Costa e Silva

Centro

Nova Esperança

Tel. (44) 3252-3184

Cel. 99908-3265 (Valter Olivatti)


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