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Desenvolvimento sustentável: Curitiba abre guerra contra os canudinhos de plástico


Por: Agência Brasil
Data: 11/01/2019
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Após o Rio de Janeiro banir o fornecimento de canudos de plástico em estabelecimentos comerciais, chegou a vez da capital paranaense se adaptar à nova era

 Banir os canudinhos de plástico. Pode parecer besteira, mas é uma solução viável e prática para lidar com o lixo nos oceanos. De acordo com um relatório britânico sobre a situação dos mares publicado pela Foresight Future of the Sea Report, cerca de 70% do entulho no mar é plástico. Desde que o Rio de Janeiro proibiu o fornecimento de canudos descartáveis em estabelecimentos comerciais, em 2018, o assunto ganhou muita repercussão no Brasil. Agora é a vez de Curitiba se adaptar à nova era dos reutilizáveis.

 Um projeto de lei da vereadora Maria Leticia Fagundes (PV), com emenda assinada pelos vereadores Goura (PDT) e Professor Euler (PSD), tramita na Câmera Municipal de Curitiba pretende obrigar restaurantes, lanchonetes, bares e estabelecimentos similares a ofertar apenas canudos comestíveis ou de papel biodegradável, individual e hermeticamente embalados com material biodegradável. Além disso, a partir de 1º de janeiro de 2020, o poder público municipal seria proibido de comprar de canudos de plástico.

 De olho nesta nova tendência do mercado, vários empreendedores curitibanos estão adaptando seus negócios. Ao abrirem a Cookie Stories, no começo de 2018, as irmãs Camila e Rafaela Camargo jamais pensariam que uma ação tão simples, como colocar a venda de canudos reutilizáveis teria um impacto tão positivo. As empresárias, que comandam um dos estabelecimentos de maior sucesso em Curitiba, sempre acreditaram que a loja deveria ter em seus valores a responsabilidade social. “Não é porque trabalhamos com doces e cafés, que não temos impacto sobre a sociedade. Se quisermos mudar o mundo em que estamos, devemos começar por nós e não apenas esperar que as coisas se ajeitem sozinhas”, explica Camila.

 Na Cookie Stories, é possível adquirir o Kit Ecológico com o canudo reutilizável de inox, escovinha para limpar e o saquinho de bottons por R$ 40. Para Rafaela, o novo produto é capaz de mostrar aos consumidores uma proposta de valorização do seu produto. Apesar de custar mais que um canudo convencional, o reutilizável substitui o vilão de plástico – e pode ser guardado para sempre.

 Claro, muitas pessoas ainda resistem ao canudo reutilizável, principalmente pelo seu custo. No entanto, deve-se entender que a medida é mais paliativa do que lucrativa. Além disso, o banimento do plástico é cada vez mais recorrente. Em Fernando de Noronha, por exemplo, já não são permitidos o consumo e o comércio de canudos, copos, pratos, talheres, sacolas e garrafas plásticas inferiores a meio litro. No futuro, ainda, haverá o fim do uso de isopor, podendo gerar penalidades para quem não respeitar a lei.

 

 

 

 


Anuncie com Jornal Noroeste
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