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Abril Verde: pandemia exige maior investimento em prevenção de acidentes e segurança do trabalho


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 13/04/2021
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Segundo o Crea-PR, cenário pandêmico deixou trabalhadores exaustos e mais vulneráveis. Na região de Maringá, emissões de ARTs de serviços da área cresceram quase 10% em 2020

Por Carina Bernardino

Assessora de imprensa

 

(Arquivo Crea/Pr)

Durante o mês de abril, órgãos públicos e instituições engajadas nas questões relativas aos acidentes de trabalho aderem à campanha Abril Verde, uma forma de promover a conscientização sobre a importância da segurança e da saúde do trabalhador brasileiro. O mês foi escolhido porque o dia 28 é dedicado à memória das vítimas de acidentes e de doenças do trabalho. Em 1969, uma explosão de uma mina da cidade de Farmington, na Vírginia, Estados Unidos, matou 78 trabalhadores, caracterizando o episódio como um dos maiores e mais conhecidos acidentes trabalhistas da humanidade.

Por isso, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) apoia a campanha com o objetivo de mobilizar a sociedade para a prevenção das doenças decorrentes do trabalho, bem como valorizar a atividade dos profissionais de Engenharia de Segurança do Trabalho. A iniciativa é ainda mais importante no momento pandêmico. Segundo os Engenheiros de Segurança do Trabalho ouvidos pelo Conselho a pandemia tem deixado trabalhadores exaustos, aumentando, assim, o risco de acidentes.

“Estamos no pior momento da pandemia. As pessoas estão cansadas. No ano passado, algumas pessoas ainda estavam trabalhando de casa. Atualmente, a maioria está realizando as atividades normalmente, mas totalmente esgotada psicologicamente e, o pior, com medo de ser contaminado. Isso diminui o foco do trabalhador, aumentando o risco. A pandemia trouxe malefícios na saúde física e mental”, avalia a Conselheira do Crea-PR e Engenheira de Segurança do Trabalho, Elizandra Sartori.

Apesar disso, a pandemia gerou um hábito que o trabalhador não tinha anteriormente: o uso de equipamentos de proteção individual (EPI). “Esse cenário construiu a conscientização sobre a necessidade desses equipamentos. Infelizmente, algumas pessoas ainda são resistentes quanto ao uso, apesar de obrigatório, mas podemos dizer que a cultura já foi criada e que nada será como antes”, aponta Elizandra. Outro fator positivo foi a valorização do profissional de Engenharia de Segurança do Trabalho. Empresas, hospitais e órgãos públicos, por exemplo, tiveram que elaborar planos de segurança para minimizar riscos e gerar ambientes seguros para os trabalhadores.

Para o Engenheiro de Segurança do Trabalho, Leandro Pardinho, que atua na região de Maringá, foi realmente um desafio enorme continuar trabalhando em 2020 em prol da SST (Saúde e Segurança do Trabalhador) com as barreiras impostas pelo distanciamento social e demais medidas de prevenção ao coronavírus. “Tivemos que nos reinventar e redobrar os cuidados com medidas de Engenharia, administrativas, EPI’s (Equipamentos de Proteção Individuais) e EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletivas) em todos os ambientes de trabalho, mesmo aqueles setores que normalmente não eram expostos a riscos ocupacionais e passaram do dia para noite a ser um ambiente com risco de contaminação biológica” ressalta.

No período foram inúmeras ações realizadas: rearranjo dos ambientes de trabalho para manter o distanciamento social; medidas administrativas para trabalho em Home Office; controle de acesso e restrição da quantidade de pessoas nos ambientes compartilhados; aferição de temperatura; testagem de infecção aleatórias; campanhas de prevenção, conscientização e administração de medicamentos preventivos no combate inicial para casos de contaminação; construção de barreiras físicas e com acrílico; utilização de produtos saneantes e desinfetantes, álcool em gel e líquido 70%, kits de higiene e limpeza e todas as áreas e ambientes; adoção do uso de EPI’s e de máscaras de proteção facial.

Dentre as medidas adotadas, Pardinho considera os treinamentos no formato Ensino a Distância (EAD) os mais importantes, com cursos de Normas Regulamentadoras (partes teóricas) de NR20 Segurança e Saúde no Trabalho; Inflamáveis e Combustíveis e NR35 (Trabalho em Altura). Assim como as capacitações de integração de segurança, utilização de EPI’s, instruções gerais de segurança, saúde e meio ambiente, entre outros.

“Até a SIPAT (Semana Interna de Prevenção ao Acidente de Trabalho) aconteceu no formato on-line e tivemos bons resultados com números de participações que dificilmente conseguiríamos no formato presencial”, lembra. Com isto, a Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) e a Taxa de Gravidade (TG) foram menores no último ano comparado com os mesmos períodos de anos anteriores.

Levantamento do Crea-PR comprova o impacto do setor: de 2017 até 2019, o mercado de Engenharia de Segurança do Trabalho vinha numa linha ascendente de emissão de ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica) - que identifica que a obra e/ou serviço foi planejado e executado por profissionais habilitados pelo Conselho. Em 2018, o crescimento foi de 15% em relação ao ano anterior. No ano seguinte, o aumento chegou a 11%. Já em 2020, houve redução no número de ARTs: foram emitidas 18.383 contra 21.858 de 2019. Queda de 15%. Na região de Maringá houve crescimento de quase 10% no período. Foram 1.278 emissões em 2019 e 1.290 em 2020. Já neste ano, até essa segunda-feira (5), foram emitidas 64 ARTs de serviços nesta área.

Sobre o Crea-PR

 

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná, criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais das áreas das engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de orientação e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

 

 

 


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