O caso, que ganhou grande repercussão à época, aconteceu no dia 04 de maio em Nova Esperança.  A pedido do Ministério Público, a reprodução simulada dos fatos ocorreu na última quarta-feira (23) e envolveu duas testemunhas, o suposto autor e convivente da vítima, o advogado de defesa e a equipe da Polícia Civil. 

Atendendo a solicitação do Ministério Público, a Polícia Civil de Nova Esperança realizou, na tarde de quarta-feira (23), a reconstituição (reprodução simulada dos fatos) feminicídio que vitimou, na noite de segunda-feira, 04 de maio deste ano, a jovem Naiara da Silva Pereira, de 20 anos.  Ela chegou a ser levada pelo esposo e suposto autor do crime, um jovem de 22 anos, até o Hospital Municipal, porém, devido a gravidade da perfuração no peito, acabou não resistindo, vindo, a óbito. A reconstituição, no local onde o crime foi cometido, foi na residência do casal que ficava nas proximidades da escola Estadual Cônego Francisco Peregrino Xavier Lopes. 

O autor do disparo alegou que o tiro ocorreu de forma acidental. Ele se encontra preso preventivamente na Cadeia Pública de Paranavaí. A reconstituição sinaliza segundo o delegado Dr. Vagner dos Santos Malaquias, o fim das investigações, “a não ser que o MP requisite novas diligências”, salientou.  Os trabalhos de reconstituição demandaram cerca de 1 hora e meia. Foram ouvidas duas pessoas, que estavam no local momentos antes que  antecederam os fatos. “Ambos relataram que no exato momento do disparo haviam saído minutos antes para buscar alguns pertences que estavam em outra casa próxima. 

O autor alegou que o disparo ocorreu de forma acidental. Estaria então limpando sua arma, um revólver calibre 32 quando acabou disparando, atingindo o peito da Naiara. Todo o material colhido seja por fotos ou vídeos será encaminhado ao MP para que seja oferecida ou não denúncia contra o esposo da vítima e por qual crime e as possíveis qualificadoras”, explicou o delegado.  

Naiara já havia sofrido uma tentativa de feminicídio em julho do ano passado, em Colorado, onde havia residido. Na ocasião foi brutalmente agredida na cabeça com machadadas pelo ex-companheiro que estaria preso em Maringá. Ela estava morando havia 03 meses em Nova Esperança, com o atual companheiro, onde acabou sendo morta. “Se por um lado o autor tem a seu favor o fato de ter socorrido a vítima, o que reforça a idéia de um tiro acidental, contra ele pesa as versões contraditórias que pudemos perceber nesta reconstituição. Por ora ele segue respondendo por feminicídio. A arma até hoje não foi encontrada”, finalizou o delegado Dr. Vagner dos Santos Malaquias.