A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.

  • Compartilhar:

O município de Nova Esperança começou a ser povoados no início 1948, nessa ocasião, correntes migratórias de todas as regiões brasileiras estavam vinda para a região sul do País.

Lembro-me de quando eu era criança e todos os anos ouvíamos essa mesma história na sala de aula, no principio era apenas uma Capelinha construída de tijolos toscos, sem portas, coberta de sapê. Anos mais tarde tornou-se um povoado e recebeu o nome de Capelinha devido a peculiar capela encontrada na região.

Devido à existência de outra cidade chamada Capelinha, situada no interior do Estado de Minas Gerais, no dia 14 de novembro de 1951 foi aprovada a criação do Município de Nova Esperança. Mas a nova unidade administrativa só seria instalada na data de posse do primeiro prefeito eleito. Sendo assim, no dia 14 de dezembro de 1952, quando tomou posse o primeiro prefeito eleito, foi instalada a nova unidade administrativa, com o nome de Nova Esperança.

Estamos comemorando nosso sexagésimo sexto aniversário, nesse período nossa cidade teve 13 pessoas à frente da prefeitura incluindo o gestor atual. Mas o que podemos tirar de lição desses 66 anos e o que esperar para o futuro?

Datas especiais não mudam nossas vidas, a não ser que sejam observadas com seriedade, comprometimento, e assumidas como desafio de avaliação e crescimento pessoais. A chegada do ano novo não altera o ano que passou, o aniversário de 18 anos de um jovem não faz dele um adulto. O amadurecimento e a mudança são frutos de um longo processo sem data marcada.

Mas existe uma coisa interessante que podemos fazer em datas comemorativas, o autor cristão C.S. Lewis disse em um dos seus escritos que datas especiais são como placas de sinalização numa estrada: elas não têm o poder de alterar, por si mesmas, a velocidade e a autonomia do veículo que viaja em suas pistas, mas servem para indicar ao motorista o quanto percorreu, quanto ainda falta, qual a velocidade de segurança para o trecho e quais os riscos que ele oferece.

É o motorista quem decide se irá obedecer, ou não, as orientações que as placas lhe apresentam. Também é ele quem assume as consequências oriundas da desobediência. Placas nos ajudam a chegar bem em nosso destino. Datas nos desafiam a repensar nossa trajetória e a seguir melhor na jornada da vida.

Assim como uma placa não pode se impor a um automóvel, uma data não se impõe a uma determinada biografia e nem mesmo a historia de uma cidade. Mas podemos olhar para o nosso aniversário de 66 anos assim como olhamos uma placa de distância ou indicação de cidades. Essas placas nos fala sobre onde estamos e o quanto já percorremos. Ajudam-nos, também, a questionar se já estamos onde deveríamos estar depois de tanto tempo rodando.

Quando saio de Nova Esperança rumo a Maringá, um pouco antes de chegar à cidade, vejo uma placa que diz: Maringá há 10 km. Essa placa me ajuda a avaliar a minha jornada, me faz saber se estou dentro do horário previsto e se vou conseguir cumprir meu objetivo. Mas ela também pode me mostrar meus exageros durante o percurso, talvez por ansiedade ou falta de planejamento eu tive que acelerar um pouco mais do que o normal, colocando assim a viagem em risco.

Há 66 anos, de uma Capelinha surgiu uma Nova Esperança, quando comemoramos um aniversário, devemos nos fazer alguns questionamentos: estou de acordo com a idade que alcancei? Cresci? Amadureci? Tornei-me a pessoa que deveria ser nesta idade? Errei o caminho? Estou atrasado? Preciso encontrar um retorno? Para onde? Estou na velocidade segura? O que a placa da nova idade da nossa cidade quer nos dizer?

Alison Henrique Moretti


Anuncie com Jornal Noroeste
A caption for the above image.


Veja Também


smartphone

Acesse o melhor conteúdo jornalístico da região através do seu dispositivos, tablets, celulares e televisores.