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  A ideia para esse artigo me veio quando me lembrava de um livro do John Stott.

    Stott foi um pastor e teólogo anglicano britânico, conhecido como um dos grandes nomes mundiais evangélicos. O livro o qual me refiro possui o mesmo titulo desse artigo “Crer é Também Pensar”.

    Dizer que se é ateu está na moda ultimamente, é sinônimo de “inteligência”. Parece que só uma pessoa muito tola poderia acreditar que existe um Deus criador do universo e de todas as coisas, e que esse Deus se revelou ao homem por meio de um livro que foi escrito há mais de dois mil anos.

    A verdade é que existem tolos em ambos os lados, uma pessoa que se diz ateia só pelo fato de achar que isso lhe trará status é tão tola quanto um religioso fanático. Não existe nenhum mérito no ateísmo assim como também não existe nenhum demérito no teísmo (crença na existência de um deus ou deuses).

    O ateísmo como conhecemos hoje teve sua origem no Iluminismo (movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII). Durante esse período desenvolveu-se o que na Teologia chamamos de “crítica bíblica”.  A crítica bíblica, como o próprio nome já diz foi um movimento que se empenhou em criticar os relatos Bíblicos a luz da razão, ou seja, tudo aquilo que não pudesse ser concebido de forma racional foi alvo dessa critica. O resultado disso foi que houve um momento em que chegou a se duvidar da existência do Deus da Bíblia. A partir dai desenvolveu-se um sistema racional que esclarece toda a experiência humana sem a necessidade de recorrer a Deus.

    Desde então afirmar que Deus existe passou a ser sinônimo de ingenuidade ou irracionalidade. Parte dessa critica tem fundamento, pois, o desprezo pelo conhecimento racional acerca de Deus é um mal que tem atingido a Igreja dos dias atuais, vivemos tempos de crise onde alguns buscam prosperidades, outros enfatizam as experiências e muitos procuram apenas uma solução para os seus problemas não importa qual seja desde que seja rápido e eficaz.

    O fato é que existe muito mais racionalidade no ato de crer do que muitos imaginam. E no que diz respeito à fé cristã existem alguns elementos vitais que constituem a mesma. Vou exemplificar.

    Vejamos a própria fé em si. Ao contrario do que muitos pregam ter fé não tem nada a ver com credulidade e otimismo, mas sim ter plena confiança de forma racional em Deus e nas suas promessas, assim ter fé sem raciocinar é praticamente impossível. Muitas vezes o problema de pessoas sem fé é a falta de raciocínio lógico, ou seja, é a falta da capacidade de entender o cuidado e o zelo que Deus tem por aqueles que Ele ama.

     Outro elemento da fé cristã é a adoração. A adoração é um ato do cristão que deve ser concebida de forma racional, quando olhamos para os Salmos vemos o quanto Israel adorava a Deus de forma inteligível, entendendo assim a sua natureza divina. É dever de todo cristão prestar a sua adoração não só com emoções, mas também com racionalidade.

    A própria mensagem do evangelho tem que se aplicar ao homem todo, ou seja, mente coração e vontade, o Cristo todo para o homem todo, essa é uma das primícias que não tem como ignorarmos. Sendo assim fica claro que o evangelho deve ser apresentado as pessoas de forma racional.

    Existem muitos outros aspectos da fé cristã que poderíamos apresentar aqui para demonstrar a racionalidade da fé, mas o espaço não nos permite faze-lo. Por hora é isso. Crer é também pensar, e não crer, na maioria das vezes é falta de conhecimento acerca de Deus.

Alison Henrique Moretti


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