Sejam bem-vindos ao Papo de Engenheiras. A temática de hoje é um assunto de muita importância e pouco levado em consideração no Brasil, a acessibilidade na construção civil. Dados do último Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que mais de 45,6 milhões de pessoas apresentam algum tipo de deficiência, totalizando 23,9% da população do país.

Tornar os espaços acessíveis a portadores de necessidades especiais é uma preocupação cada vez mais constante em todo o mundo. Quando falamos de pessoas portadores de necessidades especiais, abrangemos muito mais pessoas do que os quase 24% da população brasileira. Devemos lembrar que idosos, obesos, gestantes, usuários de muletas, crianças, devem ser considerados no planejamento da edificação.

Mesmo que não haja pessoas com necessidades especiais, o condomínio deve estar preparado para receber visitas com este perfil ou mesmo novos moradores futuramente, e se tratando de ambiente comercial ou público, a necessidade de amparar todos os frequentadores e trabalhadores é imprescindível. 

A Norma da ABNT nº 9050 explana que promover a acessibilidade no ambiente construído é proporcionar condições de mobilidade, com autonomia e segurança, eliminando as barreiras arquitetônicas e urbanísticas nas cidades, nos edifícios, nos meios de transporte e de comunicação. 

Durante a criação do empreendimento já é possível elaborar, com planejamento, o projeto adaptado, prevendo-se medidas de acessibilidade. Estas ações evitam reformas futuras no imóvel, o que pode implicar em perda da garantia, perda de dias de funcionamento para ambientes comerciais e público, além de sanar de imediato a necessidade do consumidor.

O planejamento deve unir funcionalidade e acessibilidade para fornecer de forma significativa a melhoria da qualidade de vida dos usuários. O projeto só será bom e satisfará o seu objetivo quando o produto estiver disponível com a qualidade que atenda a todas as necessidades e demandas.

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