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É melhor já ir se acostumando?


Por: José Antônio Costa
Data: 26/10/2018
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A frase: “É melhor Jair se acostumando” foi muito utilizada durante o período pré-eleitoral e também na campanha 2018, numa clara alusão ao candidato Jair Messias Bolsonaro (PSL).

Bolsonaro, capitão reformado do Exército e deputado federal pelo Rio de Janeiro chega à reta final das eleições como grande favorito. Venceu o primeiro turno com 46,03% dos votos válidos. Fernando Haddad (PT) fez 29,28%.

Pesquisa IBOPE divulgada na terça-feira (23), apontou que a rejeição de Haddad caiu desde a pesquisa do dia 15: a parcela que diz que não votaria “de jeito nenhum” no petista passou de 47% para 41%. Já a rejeição de Bolsonaro aumentou de 35% para 40%.

A campanha entra para a história como a mais tensa dos últimos anos. As mídias sociais favoreceram um debate cada vez mais ácido e ofensivo. É fácil identificar em grupos de WhatsApp as rivalidades sendo expostas. A conclusão é que se tornou chato falar em política e a maioria das pessoas não suporta mais o "politiques”. No vale tudo eleitoral, as fake news (notícias falsas) dominam o ambiente virtual. É troca de acusações para todos os lados.

 O segundo turno trouxe Bolsonaro e Haddad “repaginados”. Bolsonaro ficou mais sereno ao falar, diminuiu o tom de voz, deixando de lado sua marca registrada que é a contundência nos posicionamentos e a agressividade na argumentação. Haddad tentou de todas as formas desvincular sua imagem de Lula, mostrando que não era um “Poste” como foi rotulado, se firmando como candidato independente.

Por chegar ao segundo turno, Bolsonaro já pode ser considerado vitorioso. Quando iniciou o seu sétimo mandato na Câmara em 2015, avisou aos colegas da bancada da bala que disputaria a presidência na próxima eleição. A notícia foi recebida com descrédito.

Na retomada do segundo turno, Bolsonaro citou a passagem bíblica de João 8:32 para reafirmar seu compromisso com a verdade. Assim como os judeus esperavam Jesus como Messias, o “Messias Bolsonaro” também é aguardado com muita expectativa pela população.

Porém em João 7:40 revela um pouco do que os judeus esperavam do Messias. Ele seria descendente de Davi, da cidade de Belém (Isaías 11:1-16; Miqueias 5:2). Essa parte eles entenderam corretamente. Contudo, no imaginário popular, o Messias da linhagem de Davi faria o que Davi fez, isto é, derrotaria os inimigos dos judeus. Ninguém esperava um Messias torturado e crucificado pelos romanos.

No domingo (28), será encerrado esse processo eleitoral. O resultado das urnas precisa e deve democraticamente ser respeitado. Caso Bolsonaro vença é melhor já ir se acostumando, a lógica, que embora não prevaleça na política indica que desde 1989, todos os candidatos que venceram o primeiro turno, mantiveram o resultado para o segundo turno. Para os dois lados é melhor já ir se acostumando, pois se o PT conseguir eleger Haddad será uma vitória e virada histórica. Que ao final, o processo democrático representando pela vontade popular manifestada pelo voto seja o grande vencedor.

 

“Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”.

Abraham Lincoln (1809 – 1865),foi um político norte-americano que serviu como o 16° presidente dos Estados Unidos

José Antônio Costa


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