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Direitos humanos e os estudantes da rede estadual


Por: José Antônio Costa
Data: 08/03/2019
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Tema polêmico e considerado por muitos como “protetor da bandidagem”, os direitos humanos foram objeto de uma pesquisa com o nome “Diagnóstico da percepção dos jovens em Direitos Humanos”, realizada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), através do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, do MPPR, com suporte da Escola Superior do Ministério Público.

A definição básica encontrada para direitos humanos esclarece que são os todos os direitos relacionados à garantia de uma vida digna a todas as pessoas. Os direitos humanos são direitos que são garantidos à pessoa pelo simples fato de ser humana.

Em resumo incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.

A pesquisa do MPPR apontou que a grande maioria dos estudantes paranaenses de ensino médio que frequenta a rede pública de ensino é favorável aos direitos humanos e tem interesse em entender melhor questões relacionadas ao tema. Em números: 82% são favoráveis à pauta e 71% estão interessados em saber mais a respeito.

Feita no ano passado com perto de 15 mil alunos das escolas estaduais, o diagnóstico traz informações importantes sobre o entendimento dos adolescentes a respeito de temas como democracia, igualdade, racismo, bullying e violência doméstica, entre outros. O MPPR vai utilizar o levantamento na gestão estratégica institucional para a criação de projetos relacionados às áreas de Educação e Direitos Humanos.

Na sexta-feira, 1º de março, o procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto e os promotores de Justiça Rafael Osvaldo Machado Moura e Ana Carolina Pinto Franceschi, que integram o Caop, apresentaram a conclusão da pesquisa aos secretários estaduais da Educação, Renato Feder, e da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Ney Leprevost. O promotor de Justiça Eduardo Cambi, da Escola Superior do MPPR, também participou do encontro.

Questionados sobre quais os direitos humanos mais importantes, os jovens destacaram o direito à igualdade, à vida, à educação e à saúde, sendo o primeiro indicado como o direito “mais desrespeitado no Brasil”. As áreas que deveriam ser tratadas como prioritárias pelos órgãos competentes, segundo a maioria dos entrevistados, são “abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”, “discriminação racial” e “violação de direitos das mulheres” (podiam escolher até três temas). Também indicaram que a principal fonte de informação sobre a matéria são blogs, páginas da internet e jornais escritos (35,2%) e atividades escolares (27,8%).

 Além de demonstrarem interesse pela área de direitos humanos, os estudantes se declararam majoritariamente favoráveis à democracia (65,3%). Também acham que a sociedade brasileira ainda é machista (93,1%), já presenciaram alguma situação de violência contra a mulher (71,4%) e consideram necessário que a escola desenvolva alguma ação voltada ao respeito à igualdade entre homens e mulheres (92,1%). Quanto a questões raciais, 88,3% acreditam que o Brasil ainda é um país racista. A maioria dos jovens também disse já ter sofrido bullying (69,3%).

“Os dados levantados na pesquisa reforçam a necessidade da promoção da educação para o exercício da cidadania nas escolas públicas do Paraná”, afirmou o promotor de Justiça Eduardo Cambi.

O diagnóstico da percepção dos jovens deixa claro que além do hino nacional deveres e direitos contribuem para transformação da realidade social de muitos. 

José Antônio Costa


Anuncie com Jornal Noroeste
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