População se despede do amigo Zezão: “deixa um legado de grandes amizades”
Cozinheiro e comerciante famoso na cidade, Zezão se despede em meio a uma legião de amigos que colecionou ao longo de seus 81 anos de vida.
Foi sepultado, na manhã de quarta-feira (16) no Cemitério de Nova Esperança, José Lourenço Miranda, o popular Zezão Ele tinha 81 anos de idade e passava já há algum tempo por um tratamento para falta de ar agressiva da qual era acometido e acabou falecendo, na terça-feira (15) em função de uma insuficiência respiratória. Ele chegou a ser atendido pela ambulância e após tentativas seguidas de reanimação não resistiu e veio a óbito. Nascido em Paulo de Faria-SP, antes de Nova Esperança, Zezão passou por Maringá (1962) e Itapecerica da Serra-SP, mas decidiu ficar em Nova Esperança no início da década de 70 para trabalhar como ensacador de café, porém foi como dono de restaurante que ele ficou conhecido onde trabalhou por quase 40 anos.
Abandonou o trabalho como ensacador e foi cuidar da AABB - Associação Atlética Banco do Brasil onde trabalhou por 8 anos. Comprou o Bar Toda Hora que passou a chamar Bar do Zezão, em seguida comprou a extinta Lanchonete Bambu, atual A Churrascaria”.
Em entrevista concedida para o Jornal Noroeste em 2012 ele contou que na Lanchonete Bambu, viveu os melhores tempos profissionais de sua vida, apesar de um fato triste ter marcado sua passagem por lá. “Houve um tiroteio e morreu uma adolescente e um policial, além de um rapaz de Alto Paraná. Isso foi muito triste e marcante. Porém aqui em Nova Esperança tive muitas alegrias, foram muitos bailes de carnavais e festas, é óbvio que ouve as peripécias, no entanto ainda acredito que as alegrias foram maiores”.
Na ocasião Zezão se lembrou dos momentos mais tristes que já viveu. “um dos mais tristes da minha vida foi quando eu perdi minha esposa ao entrar em choque durante a anestesia para uma cesariana, depois perdi meu filho que ela deixou quando morreu, pois salvou a criança, o Fernando que morreu atropelado de bicicleta na avenida São José. Recomecei a vida, casei com minha cunhada, tive dois filhos. Com a primeira esposa tive três filhos: Flávio, Juliana e o Fernando já do segundo casamento veio o Fabrício que eu perdi também vítima de suicídio e a Fernanda que está nos Estados Unidos”.
Alegria em pessoa
Sobre os momentos de alegria, Zezão definiu “Vivi momentos muito bons na Lanchonete Bambu, trabalhei muito, recebi muitos artistas, depois na Avenida 14 de Dezembro onde hoje é o Bom a Bessa, tive o Restaurante do Zezão, lá fiz muitos amigos, aumentei meu círculo de amizade, conheci muitas pessoas”.
Com um problema no joelho e cada filho seguindo a sua vida, cansado de trabalhar, Zezão decidiu vender o Restaurante onde hoje funciona o Bom a Bessa. Porém, no início do ano retomou a atividade ao lado dos filhos Juliana e Flavinho no Restaurante “O Bistecão”, na avenida 14 de dezembro, região central de Nova Esperança. Por onde passava Zezão colecionava amigos. Milhares de pessoas se manifestaram nas redes sociais do JN para prestarem as últimas homenagens ao ilustre morador da cidade. Descanse em paz...
Apoio de divulgação: Gontintas, Hotel Gonville e Carricla