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Obras de reforma e ampliação da Praça Pioneiro Atílio Olivatti deverão estar concluídas até o fim de novembro


Por: Alex Fernandes França
Data: 25/09/2020
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Logradouro, construído no final da década de 90 estava sucateado, sendo usado por usuários de drogas. Investimentos no local somam R$335.362,15.

As obras na Praça Atílio Olivatti, na região central de Nova Esperança estão a pleno vapor. A previsão é de que até o final do mês de novembro já estejam concluídas. Segundo o Engenheiro Civil Alysson Rodolfo  Ozako, Diretor do Departamento de Planejamento da Prefeitura, a praça está passando por uma remodelação completa: “primeiramente demolimos a estrutura antiga, que estava bem precária e era utilizada por usuários de drogas. Existiam vários problemas com erosões nas escadarias. Muita parte já estava inservível, portanto tivemos que começar do zero”, ressaltou.

No local serão construídos quadra de vôlei de areia, pistas de skate, academia ao ar livre, parque de diversões para as crianças e um estacionamento aos fundos do logradouro. “Tivemos imenso cuidado com este lugar, pois antigamente havia uma enorme erosão. Fizemos uma terraplanagem, não havendo necessidade da construção de muro de arrimo. Elaboramos um Projeto em 3D para que pudéssemos ter uma ideia acerca de gastos bem como do aspecto visual final”, explicou Ozako.

Uma rampa lateral, usada pela população para acessar a outra extremidade da praça, será mantida. Segundo o engenheiro, os critérios utilizados para sua construção, no fim dos anos 90, estão em conformidade com as normas técnicas exigidas. “os cadeirantes também utilizam a rampa com total segurança. Quem vem da rua debaixo precisam desse acesso para poder chegar mais facilmente à estação rodoviária e ao centro da cidade”, salientou. 

A reportagem perguntou ao engenheiro sobre quais os riscos do local continuar servindo como ponto de drogas. Ozako respondeu: “quando se entrega um bem público para a comunidade, os usuários de drogas acabam deixando o espaço. Uma vez que as famílias com suas crianças e idosos façam uso do lugar, a urbanização acaba gerando um efeito positivo em prol da coletividade”, argumentou.

Os praticantes de skate de Nova Esperança, que pediram a inclusão das pistas no projeto, já comemoram a conquista. “Quando lançamos o projeto foram vários skatistas. Eles foram ouvidos e contribuíram para que pudéssemos incluir os equipamentos necessários na pista. Fomos a Maringá onde existem pistas aprovadas pela categoria e estamos realizando mais um sonho da categoria”, finalizou o Engenheiro Civil Alysson Rodolfo  Ozako

Um pouco de história

Quem foi o Pioneiro Atílio Olivatti

O homem que passava as mãos pela cabeça, vagarosamente, enquanto refletia, trazia no olhar histórias de uma vida intensa, que gostava de contar. Casado com Emília Martinez, o pioneiro Atílio Olivatti teve 10 filhos. Adquiriu seu lote de terras em Nova Esperança em 1949, mas instalou-se na cidade em 1953, quando já havia plantado sua lavoura de café. Sua participação no desenvolvimento do município foi notável. Com amigos da época, fundou o asilo São Vicente de Paula, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Hospital Nossa Sra. das Graças. Como católico praticante, ajudou na construção da Igreja Matriz e contribuiu para construção do Colégio Coração de Jesus, arrecadando café para venda posterior, juntamente com a Irmã Domingas Brotto. Na placa existente na base do Cristo em frente ao cemitério, estão os nomes de bravos nova-esperancenses, incluindo de Atílio. Tiravam dinheiro próprio em benefício da comunidade, pois foram eles que fizeram as melhorias existentes até hoje no local. 

Atuante na vida política foi vereador e conselheiro de vários políticos do município e região. Porém, o viés social foi seu maior legado.

Na 2ª guerra mundial, ficou por três anos no exército na fronteira do Brasil com o Paraguai e Bolívia, na época uma região inóspita cheia de armadilhas por disputas de terras. Tornou-se padioleiro (enfermeiro dos campos de batalha), experiência que usou quando chegou em Nova Esperança: antes de ir para o trabalho, levantava muito cedo para atender os doentes em longas distâncias. Fazia curativos, aplicava injeções e até fazia suturas, pois nas derrubadas das matas eram comuns os acidentes.


Anuncie com Jornal Noroeste
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