Município questiona resultados do Censo demográfico e defende que o número de habitantes é maior do que o divulgado pelo IBGE
Prefeito Moacir Olivatti e o Procurador Jurídico do Município, Dr. Fernando Arrabal se reuniram, na tarde de quarta-feira (15), com o Juiz de Direito do Foro Regional de Nova Esperança, Dr. Rodrigo Brum Lopes para discutir assuntos correlatos ao Censo Demográfico.
Reunião na Sala de audiências do Foro Regional de Nova Esperança com representantes dos Poderes Executivo e Judiciário. Em pauta o Censo demográfico de 2022 e os registros de nascimentos realizados em outras cidades por pessoas residentes no Município, o que interfere diretamente nos resultados das estimativas populacionais dos anos subsequentes - Fotos Alex Fernandes França
Representantes do Poder Executivo se reuniram, na tarde de quarta-feira (15) na sala de audiências do Foro Regional de Nova Esperança, com o Juiz de Direito Dr. Rodrigo Brum Lopes. Em pauta, discussões acerca dos resultados do último censo demográfico, realizado em 2022 que, segundo a administração municipal, ficaram muito aquém do estimado. O IBGE divulgou os resultados em que aponta a população de Nova Esperança com 26.616 moradores, apenas um a mais do que os números do censo anterior, de 2010.
O Censo Demográfico tem por objetivo contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros, produzindo informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo.
O Procurador Jurídico, Dr. Fernando Arrabal explicou que o município possui dados numéricos que demonstram a discrepância entre o demonstrado pelo IBGE e o que, segundo ele, “efetivamente é”.
“Argumentamos com base na expansão territorial do município, ligações de água, geração de empregos por meio das novas empresas que foram abertas nos últimos anos, atendimentos na Saúde dentre outros pontos fundamentais. Enviamos nosso questionamento no final de janeiro ao IBGE, porém não obtivemos quaisquer respostas. Se mantiverem o silêncio, vamos judicializar a questão”, frisou Dr. Fernando Arrabal.
Registros
Outro assunto em discussão diz respeito ao registro de recém-nascidos, cujas famílias são residentes em Nova Esperança. Ocorre que muitos acabam sendo registrados nos cartórios das cidades onde o parto ocorre, a exemplo de Maringá, cidade circunvizinha. Muito embora o censo possa revelar o número de pessoas residentes no mesmo domicílio, às estimativas populacionais dos anos subsequentes acabam sendo prejudicadas, pois o aparente déficit habitacional interfere diretamente no envio de verbas com vista a atender às demandas públicas, como Saúde, Educação e Assistência Social.
Prefeitos, governadores, órgãos municipais e estaduais de planejamento, investidos de maior autonomia e de novas responsabilidades, dependem hoje, como nunca, dos Censos Demográficos para realizarem suas escolhas com base em informações atualizadas sobre a população.
Alex Fernandes França
