O cirurgião Dentista Dr. Tarcísio Mendes pretende ir, pelo terceiro ano consecutivo a comunidades indígenas e povos ribeirinhos no interior do Pará, região da Amazônia e para a missão acontecer precisa de apoio financeiro para custear a viagem, já que assim como ele, cada voluntário arca financeiramente com a própria despesa, além do tempo de permanência que os faz ausentar de suas atividades nas localidades de origem.

“Por mais pouco que parecemos fazer isto já pode efetuar uma grande diferença na vida de alguém”. Esta frase expressa o sentimento do Cirurgião Dentista nova-esperancense Dr. Tarcísio Mendes, que doará novamente parte do seu tempo e seus conhecimentos na área da Odontologia em prol de uma parcela da população quase sempre esquecida pelo Poder Público: Os povos ribeirinhos e indígenas da Amazônia, que ficam às margens do Rio Amazonas.

A ida do nova-esperancense acontece, pelo terceiro ano consecutivo, através do Projeto Amazônia Canaã, mantido pela Igreja Presbiteriana Renovada de Arapongas. Mesmo sendo católico, ele entende que independentemente de placa religiosa, fazer o bem é algo que deve nortear a vida de todos aqueles que se intitulam cristãos. Como vai se ausentar do seu consultório odontológico e, portanto, ficará desprovido de faturamento neste período, ele pede o envolvimento da comunidade e busca arrecadar pelo menos os custos da viagem que, devido à enorme distância, precisa ser feita de avião e para isso é necessário o montante de R$2 mil, já que outros gastos que incluem estadia são por ele bancados. “É um grande prazer poder ajudar essas pessoas tão carentes. Elas são ricas em alimentação, baseada em frutas, verduras e peixes; porém sem acesso à saúde, bucal inclusive e outras benesses que nós temos aqui”, relatou Dr. Tarcísio, que esteve na redação do Jornal Noroeste para fazer o pedido à comunidade. “Se todo mundo doar um pouco, o objetivo será alcançado”, reforça.

 “Após chegar de avião em Santarém (PA) navegaremos várias 12 horas de barco até chegar à primeira cidade, de nome Prainha. A missão inclui atendimento a adultos, crianças e idosos, com serviços de restauração, extração, tratamentos preventivos e outros procedimentos, com exceção a tratamento de canal e implante dentário, pois estes são mais complexos”, explicou.

O grupo será composto por cerca de 40 pessoas, dentre estas  dentistas, médicos e  até psicólogo. Também há aqueles que ajudarão na organização, limpeza, logística e alimentação.  A estada da equipe foi entre 14 a 24 de julho. No ano passado foram  realizados mais de 1200 atendimentos, com cerca de três mil procedimentos dentários e médicos realizados, em 05 comunidades diferentes. Esse ano a expectativa é de superar 2017.  Atendimentos:

Os atendimentos serão feitos no barco da expedição ou nas escolas das comunidades ribeirinhas ou indígenas. 

“Quem participa do Projeto se apaixona. Profissionalmente aprendemos a lidar com as dificuldades das condições adversas, que são bem diferentes de um consultório dentário munido de aparelhos de última geração, ar condicionado e instalações cômodas. Lá o calor é altíssimo, além de mosquitos que incomodam bastante. O prazer de ajudar essas pessoas e o carinho recebido não tem preço”, conta.

Além da parte clínica, os membros da equipe também fazem evangelismo, levando uma palavra de fé, amor e esperança a todos que necessitam de um consolo e alento espiritual. 

“Estas pessoas não tem acesso a praticamente nada, pois tudo depende de barco e as distâncias são enormes, o que nos faz refletir e aprender a dar valor à vida que levamos em nossa comunidade. Eles fazem questão de nos alimentar e dar o melhor do pouco que tem. O almoço era oferecido na comunidade ora atendida. A base da alimentação é baseada em  peixes (pirarucu, tucunaré, surubim, tambaqui, pirarara e outros) e também carne de tartaruga, que até então nunca havia comido. Confesso que não agradou meu paladar. Uma carne vermelho escuro e de sabor fortíssimo”, conta Dr. Tarcísio.

Muitas pessoas chegaram a caminhar 05 horas apenas para ser atendidas e outros que foram apenas para conhecer “in loco” um médico ou dentista, que para eles era algo incomum naquelas cercanias.  “Se eles fazem esse grande esforço, porque não faríamos também”, salienta o dentista.

“Aprendi a dar valor no que temos. Famílias, amigos, bens, comida e outras coisas que muitas vezes passam despercebidas. Lá parece outro Brasil, cheio de lutas e dificuldades. Embora eles tenham fartura de alimento, serviços básicos de Saúde são bastante precários”, finalizou Dr. Tarcísio Mendes, que conta com o apoio de colaboradores e amigos para tornar a vida de outros um pouco melhor. 

Interessados em ajudar: (44) 9 9914-5565 - 9 9964-3531.