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Crianças são flagradas se banhando no lago do Parque das Grevíleas


Por: Alex Fernandes França
Data: 04/01/2019
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A reportagem esteve no local colhendo algumas imagens. Moradores dizem que constantemente adultos, crianças e adolescentes ignoram as placas de “proibido nadar” e se arriscam nas águas do lago, cuja profundidade ultrapassa 04 metros.

A reportagem do JN registrou, com o auxílio de um drone, o momento em que duas crianças de aproximadamente 12 anos cada se banhavam tranquilamente, na calorosa tarde de quinta-feira (03) nas águas esverdeadas do lago do Parque das Grevíleas, principal ponto turístico de Nova Esperança. 

O lugar está fechado para a visitação pública e o acesso só é possível mediante autorização dos responsáveis, o que não é o caso das cenas apresentadas. 

Segundo o relato de alguns moradores, o lugar se transformou em uma espécie de “piscinão” comunitário. Mesmo com as placas proibindo a entrada no local, os “banhistas” ignoram a advertência e se arriscam. 

Desta vez as crianças foram flagradas sem qualquer supervisão de adultos, o que faz da cena ainda mais preocupante. Nesta época de intenso calor, os noticiários relatam inúmeros casos de afogamentos em piscinas, rios, lagos e represas da região. Muitos pais ou cuidadores, por conta dos compromissos profissionais sequer sabem o paradeiro dos pequenos que acabam se arriscando. 

A situação é de conhecimento da administração municipal que estuda o esgotamento da lagoa até que as obras de melhorias nas instalações do parque sejam efetuadas e as pistas de caminhada sejam abertas. Com a presença do público e funcionários a vigilância seria aperfeiçoada, inibindo os invasores. 

Procurado pela reportagem, o prefeito Moacir Olivatti disse que pretende deixar apenas  uma lâmina d’água no lago. “Isso seria uma medida a ser tomada, porém não existe uma comporta para o esgotamento. Vamos estudar outros meios. Queremos realizar as obras de reforma e adequações do prédio no interior do Parque para então abrir para caminhadas supervisionadas e aulas de educação ambiental”, destacou. 

Além do risco de afogamentos,  a possibilidade de contrair doenças  também é grande. Placas colocadas na área externa do Parque advertem as pessoas para que não usem as águas para se banhar e nem pesquem no local. 

No Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), são aproximadamente 6 mil casos de afogamento, sendo que cerca de 44% dos registros estão são entre os meses de novembro e fevereiro. 

O afogamento está entra as maiores causas de óbito. É a 2ª para crianças de 1 a 9 anos, a 3ª para a faixa etária de 10 a 14 anos e a 4ª maior causa de óbito de 15 a 24 anos. Embora os óbitos em piscina constituam 2% em média do total dos óbitos por afogamentos em nosso país, as piscinas são responsáveis por 51% dos casos entre 1 e 9 anos de idade.


Anuncie com Jornal Noroeste
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