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Colégio Estadual São Vicente de Paula de Nova Esperança desenvolve o Projeto Agrofloresta


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 18/12/2019
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Tendo em vista que a produção em larga escala necessita da apropriação de técnicas que utilizam uso de adubos químicos, defensivos agrícolas e sementes geneticamente modificadas, temos que todo esse processo nos leva a falsa ideia de que estamos produzindo alimentos de qualidade. Porém um agricultor sabe bem que nem tudo que reluz é ouro, ou seja, este modo de produção além de ter um custo econômico alto, afeta a sociedade e agride o meio ambiente. No que diz respeito ao alto custo, é que se trata de produtos oriundos de empresas estrangeiras que não tem concorrência no Brasil. Já a questão social está relacionada a expulsão do pequeno produtor rural por não ter condições de manter esta forma de produção, e assim são obrigados a vender suas pequenas propriedades e se mudar para cidade, contribuindo para o aumento da concentração de terras e colocando em risco a segurança alimentar. Os problemas ambientais gerados a partir desta forma de produção, estão associados a contaminação dos lençóis freáticos, das águas superficiais, extinção da fauna e flora entre outros problemas.

Diante de todo este cenário, o ser humano é um dos grandes prejudicados, pois está sendo obrigado a conviver com a destruição dos recursos naturais, adquirindo doenças, muitas delas letais, devido a necessidade de consumir alimentos para sua sobrevivência.

Com o aumento populacional ocorrido a partir dos anos 2000 até os dias atuais, temos convicção que existe a necessidade sim de se produzir alimentos em grande escala, o que não podemos é nos acomodar diante de todos esses problemas elencados acima. Porém, muitos não enxergam ou até mesmo não aceitam que existem formas menos agressivas de se produzir alimentos. Podemos e devemos acreditar que nem tudo está perdido, pois temos a opção de se produzir alimentos de qualidade, respeitando o organismo natureza através da agricultura sintrópica. Esta forma de produção foi introduzida no Brasil através do pesquisador suíço Ernst Götsch. Se trata de uma técnica que procura aproximar a agricultura da forma mais natural possível e harmônica com a natureza. O conceito é que a diversificação de plantas auxilie no crescimento do meio como um todo. Ou seja, cada planta possui uma função peculiar na transformação daquele espaço, tornando o solo mais produtivo e eficiente. Diferente da monocultura, a agrofloresta se trata da produção de vários tipos de cultivos no mesmo lugar. Proporcionando assim, muitas vantagens para o meio ambiente, como por exemplo: baixo índice de desmatamento, conservação da água, melhor qualidade do solo e aumento da biodiversidade. Refletindo sobre o modelo econômico atual de produção agrícola e os seus impactos no ecossistema, começamos a desenvolver um projeto de agrofloresta no Colégio Estadual São Vicente de Paula no dia 02/07/2019.O projeto tem como objetivo passar essas técnicas sustentáveis de produção agrícola aos alunos, mostrando aos mesmos que é possível viver em harmonia com o meio ambiente. Depois de quase quatro meses de aulas teóricas e práticas que eram conciliadas com o conteúdo do trimestre, começamos a colher os primeiros frutos, lindas aboboras orgânicas, que foram compartilhadas entre os alunos e professores. Os alunos aprenderam que o cooperativismo é essencial para o desenvolvimento do planeta. O projeto, sob responsabilidade do professor Gilvan Andrade dos Santos ainda se encontra em processo de desenvolvimento contínuo.

 

 


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