Terreno de 30 mil metros quadrados, para ser doado pelo município como contrapartida ao Governo depende da aprovação da Câmara Municipal. O projeto apresentado pelo Governo do Estado contempla 3,5 mil m². de área construída com capacidade para abrigar 500 detentos

 Os riscos iminentes de fuga, problemas estruturais e ambientes propícios a rebeliões fizeram da Cadeia Pública de Nova Esperança uma espécie de bomba relógio. As galerias, projetadas para abrigar 24 presos estão com a capacidade operando já há vários anos muito acima do limite. Atualmente 107 detentos se amontoam no interior das grades.

Quase 50% dos encarcerados são provisórios, ou seja, sem condenação definitiva e os demais já foram condenados e que, portanto não deveriam estar presos em delegacias e sim em penitenciária. A construção é muito antiga e os problemas se agravam com o passar do tempo. Com a construção, 500 vagas serão abertas solucionando o problema de superlotação da delegacia da cidade.

A construção de uma nova Cadeia Pública há tempos é pleiteada pelas autoridades municipais e membros do Conselho de Segurança. A proposta de construção de uma Casa de Custódia, com capacidade para abrigar 500 detentos, foi apresentada por representantes do Governo do Estado, Departamento Penitenciário (Depen) e Prefeitura Municipal. Estima-se que o montante a ser investido seja na ordem de R$25 milhões, movimentando a economia local por meio da geração de empregos na construção civil.

A reportagem conversou com o prefeito Moacir Olivatti que comemora a conquista: “precisamos agilizar o processo para deixarmos pronto até o fim deste ano o projeto e a licitação, para que a obra seja executada pelo próximo governo do Estado”, salientou.

Segundo o delegado Dr. Leandro Farnese Teixeira, “a construção da Casa de Custódia se faz necessária e representa mais segurança para a comunidade, uma vez que os detentos estarão em um local apropriado, com mais segurança e também é uma forma de buscar o aumento do efetivo policial que realiza a segurança ostensiva na cidade. Precisamos desvincular a cadeia pública da delegacia. O que temos hoje é um ‘barril de pólvora’ e temos que abraçar com alegria os investimentos anunciados”, ressaltou.

O projeto apresentado pelo Governo do Estado contempla 3,5 mil m². de área construída em um terreno de 30 mil metros quadrados, com capacidade para abrigar 500 detentos. O projeto está orçado em R$ 25 milhões e tem prazo de 15 a 24 meses para ficar pronto, a partir do início da obra. “A solução que buscamos é para a comunidade em todos os sentidos. Com a marginalidade encarcerada adequadamente, os problemas são extirpados na raiz do mal”, frisou Olivatti.

A estrutura é para abrigar presos provisórios, ou seja, que aguardam julgamento e por condenados em início de cumprimento de pena, por prazo de até 90 dias, até ser encaminhado para uma penitenciária.

“Os presos que vão povoar o local são de Nova Esperança e região, a exemplo do que já ocorre, só que em uma cadeia minúscula. Teremos condições de prender cada vez mais, sem se preocupar com os vários problemas, já noticiados por este veículo de comunicação”, finalizou Dr. Leandro Farnese Teixeira. 

 O projeto deverá incluir sustentabilidade ambiental, como energia solar e captação de água da chuva, tratamento de esgoto, além de celas adequadas para a acomodação dos presos.

“O Estado deu uma resposta rápida para o pleito. O grande mérito dessa luta é viabilizar a desativação do cadeião do centro da cidade, que é um problema sério de segurança. Sempre que encontro os munícipes a segurança e a geração de emprego estão entre as principais reivindicações. O efetivo policial deverá triplicar. Outras cidades que perderam os investimentos já estão lamentando ”, finalizou Olivatti.