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Carreata silenciosa alusiva ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo acontece neste sábado em Nova Esperança


Por: Alex Fernandes França
Data: 30/03/2023
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Concentração será às 10h30 deste sábado (01) em frente à Prefeitura Municipal e organizadores convocam a sociedade em prol do movimento de Conscientização do Autismo.

O evento é organizado pelas Mães Atípicas #TEA de Nova Esperança - Foto divulgação

“Seja você também uma voz para o autismo e participe deste movimento”. Com esta frase, pais e simpatizantes da causa em prol do Autismo convocam à sociedade para participar, na manhã deste sábado (01), de uma carreata alusiva ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

O dia 02 de abril é a data escolhida para a Conscientização do Autismo. Em conversa com a reportagem, Ana Cecília Piala, uma das organizadoras do evento, explicou: “Muitas pessoas ainda não sabem ao certo o que realmente é o Autismo. Falta muita informação, mas acima de tudo falta respeito e empatia! É preciso ter claro que todos são diferentes e devem ser respeitados, sem rótulos, sem julgamentos enfim, sem preconceitos. O ser humano é singular e  isso o torna lindo!  Aceitar o outro e reconhecer as diferenças é o que nos realmente torna  "seres humanos únicos" e amplos. O não familiar, o estranho, tem o poder de ampliar nossa visão, transformar nossas ações e moldar a nossa interação com as pessoas. Lembre-se: o mundo individual só existe diante do contraste com o mundo do outro. Estatísticas nos Estados Unidos revelam de cada 36 crianças, uma é autista”.

         Segundo o Ministério da Saúde, com base na Associação dos Amigos do Autista, a data, estabelecida em 2.007, tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

Os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida.

Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.

Sintomas:

De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:

– ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;

– o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;

– domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.

Tratamento:

O autismo é um transtorno crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar. Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual à outra.

“Sabe-se que o índice de crianças autistas vem crescendo dia a dia, porém o que precisamos ainda conscientizar não é apenas pela falta de informação, mas também pelo preconceito. É comum muitas mães ouvirem frases como: ‘nossa, ele parece normal’. No entanto, esse dito ‘Normal’ é a luta constante de mães e pais que buscam incansavelmente por tratamentos os mais diversos possíveis, horas e horas de leituras para se aprofundarem na área, pesquisas e, infelizmente, por conta própria, pois os tratamentos, além de serem escassos, são na sua grande maioria pagos. Portanto, é necessário, urgentemente, que os olhares para este tema sejam ampliados e que sejam desenvolvidas políticas públicas voltadas a nós. Que este dia não seja em vão, por um futuro de mais respeito e atendimento a todos”, finalizou Ana Cecília Piala. 

*Com informações do Ministério da Saúde e da Associação de Amigos do Autista


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