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Adaptação do colégio Estadual Costa Monteiro ao modelo Integral Mais


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 24/11/2023
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Alunos investigam as mudanças enfrentadas com a transição do Ensino Regular para a Escola em Tempo Integral.

Infográfico produzido pela aluna Daniella Santos Veríssimo de Souza – 9º Ano “A”

O ensino integral é voltado para desenvolver e aprimorar o intelecto e habilidades físicas, emocionais, culturais e sociais, tendo como principal objetivo a formação de jovens autônomos, competentes e solidários. Para que esses objetivos sejam atingidos de forma rápida, o Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Educação, pretende praticamente dobrar o número de alunos da rede estadual de ensino, adotando a educação integral até 2025. A previsão é aumentar o atendimento dos atuais 55 mil estudantes para 100 mil.

A implantação do Tempo Integral traz, de acordo com a coordenação-geral, alguns desafios como: a melhoria da infraestrutura das escolas, a definição de um plano de carreira para os docentes que passaram a trabalhar mais horas por dia em uma mesma escola e também a melhoria do desempenho dos alunos. Uma grande vantagem é o aproveitamento do tempo que seria ocioso, e afastando o jovem de possíveis problemas sociais.

Segundo a Equipe Diretiva, o Colégio Estadual Costa Monteiro tornou-se Escola de Tempo Integral após avaliação do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, que constatou que dentre as escolas de Nova Esperança, o “Costa” é a que possui estrutura mais adequada.

Nossa equipe ouviu alunos e professores e apurou que a grande maioria dos educandos ainda não se adaptou ao novo modelo de educação e estão se sentindo muito mais cansados. Em relação à alimentação, 60,02% deles estão satisfeitos com a qualidade das refeições oferecidas na escola e 77,02 responderam que houve mudanças positivas no ensino e na aprendizagem.

Entre os professores, as opiniões se dividem. Há aqueles que tiveram dificuldade para conciliar os horários, principalmente porque é muito mais difícil para a escola organizar um horário que “agrade” a todos, já que são 19 componentes curriculares e grande parte dos profissionais trabalham em mais de uma escola.

O Ensino Integral possibilita aos alunos atividades didáticas lúdicas. Como exemplo disso temos os componentes diferenciados como Robótica e Pensamento Computacional. Além disso, são desenvolvidas atividades diversificadas como a criação de uma horta, apresentações de peças teatrais, esportes, dança e atividades artísticas nas disciplinas eletivas. 

Segue na íntegra as entrevistas com a diretora auxiliar, Maria Regina Dosso e a professora Sônia Mazur.

“O grande desafio foi passar pelo período de adaptação”

A Diretora Auxiliar Maria Regina Dosso fala sobre o novo modelo de ensino.

 Quais foram as principais mudanças que aconteceram no Colégio de 2022 para 2023?

M. Regina:  Em 2023 iniciou-se o ano letivo com a oferta do Ensino Fundamental, em Tempo Integral, com turno único, sendo nove horas-aula diárias de 50 minutos. Com a implantação dessa oferta, o perfil de nossos alunos teve pequena alteração, principalmente alunos dependentes do transporte escolar e outros por já estarem com atividades em contraturno, fizeram a opção por continuar seus estudos em outros colégios.

Na sua opinião, o Colégio Costa Monteiro possui uma estrutura física adequada para atender 14 turmas em tempo integral?

M. Regina: Com a atual estrutura não conseguimos atender 100% de modo satisfatório. Um exemplo são os laboratórios de informática, para atendermos a demanda que temos hoje seriam necessários ao menos mais 2 laboratórios. Além disso, o nosso refeitório é pequeno para alocar todos no mesmo horário.

Quais são os desafios em administrar uma escola de tempo integral?

M. Regina: O grande desafio foi passar pelo período de adaptação do acréscimo de carga horária por nossos alunos, eles sentiram muito no 1º semestre, hoje já se adaptaram. Uma mudança que exige muita atenção é em relação à alimentação. Outro desafio é ter uma equipe pedagógica e de funcionários completos.

Existe algum projeto previsto com o objetivo de melhorar a estrutura física da escola?

M. Regina: Pretendemos conseguir verba para a reforma da parte do prédio que foi utilizado pela extinta escola Ana Rita, que pertence ao Colégio Costa Monteiro.

O nosso desafio hoje não é dar aula, mas ensinar quem não tem vontade de aprender”

Professora Sônia Mazur, em sala de aula há 32 anos atuando nas disciplinas de Ciências e Matemática, fala de sua experiência com educação.

Quais foram as principais diferenças que você percebeu no ensino integral?

Sônia Mazur: Os alunos permanecem o dia todo na escola. Em função disso, o aluno não leva os livros para casa e não tem tarefa (...). O período da tarde é mais difícil para trabalhar, pois a grande maioria dos estudantes estão cansados.

Na sua opinião, os alunos mudaram muito o comportamento com o início da escola em tempo integral?

Sônia Mazur: Os alunos vêm mudando de comportamento nos últimos dez anos mais ou menos. Nós temos percebido essa mudança há algum tempo. Uma das atitudes que mais atrapalha a sala de aula e o estudo é a falta de vontade. O nosso desafio hoje não é dar aula, não é ensinar regularmente, mas é ensinar a quem não tem vontade de aprender.

Como você se adequou às novas matérias?

Sônia Mazur: Estou dando aulas de Educação Financeira, matéria que entrou para a grade esse ano. Eu me adequei tanto às novas matérias quanto ao uso da tecnologia, faço cursos, estou estudando.

Você consegue conciliar sua vida pessoal com a nova carga horária da escola em tempo integral?

Sônia Mazur: Foi tranquilo, quando não tinha o período integral eu trabalhava no período regular da manhã e da tarde. Para mim não influenciou nada.

Textos produzidas por estudantes do 9º Ano “A” do Colégio Estadual Costa Monteiro, sob a orientação da professora Elaine Bravin Mazur.


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