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Sabe aquela dificuldade que muitos pais têm para fazer com que a criança abandone a chupeta?


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 16/04/2019
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Ela surge devido a criança ter escolhido a chupeta como objeto transicional. Para Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, objeto transicional é um objeto escolhido e utilizado pela criança para suportar a ausência materna, ou seja, é aquele que ocupa um papel de ilusão utilizado para vivenciar experiências externas, sentindo assim como se o objeto fosse parte dela, como uma mistura de fantasia e realidade da criança.

O objeto transicional pode ser a chupeta, um paninho, uma pelúcia, uma fralda, entre outras coisas, isso porque é a criança quem o escolhe e não o adulto. O fato de ser escolhido pela criança torna as tentativas dos pais de substituí-lo, frustradas.

Na relação com o objeto transicional a criança tende a direcionar-lhe diversas emoções como raiva, ódio e amor, são aqueles momentos em que a criança hora ama seu objeto e outra o mutila, o joga no chão entre outros comportamentos. Essa vivência emocional é muito importante, pois esse objeto suporta todas essas emoções.

Quando falamos da chupeta, geralmente a partir do segundo ano, muitas crianças abandonam naturalmente, isso devido a ter atingido uma maturidade. Mas isso não quer dizer que seja a idade para retirada, cada criança deve ser vista na sua individualidade. Não existe uma idade certa ou errada para tirar esses objetos queridos de circulação, cada criança tem o próprio ritmo e a retirada inadequada do objeto pode gerar traumas e sofrimento. 

Ainda falando da chupeta, muitos pais cometem erros como: fazer a retirada súbita, fazer trocas, oferecer recompensas, colocar nomes feios, como caca ou dizendo que é feio chupar chupeta, tudo isso gera muita ansiedade na criança, pois em um momento ela tem a chupeta sendo oferecida e depois de repente se vê amando algo que é colocado como errado. A retirada deve ser trabalhada e feita de forma progressiva com a criança para que ela esteja pronta para essa separação. 

O mais importante é lembrar que o objeto transicional não deve ser tirado da criança, e sim ela mesma deve o deixar, isso ira acontecer quando for o momento certo para ela e se os pais acreditarem que já esta na hora de largar esse objeto, mas a criança não se mostra pronta, devem procurar ajuda de um especialista para entender o que faz com que a criança não se sinta pronta e assim trabalhar suas emoções, inseguranças para que a criança consiga se desenvolver de forma saudável. 

Luiza Graziela Santos Dias


Anuncie com Jornal Noroeste
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