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Ansiedade normal ou patológica?


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 18/06/2019
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Atualmente tornou-se freqüente crianças que apresentam ansiedade elevada, comportamentos como choro inconsolável com a saída dos pais, problemas para ir a escola, dificuldade em se relacionar e fazer amigos, entre outras situações. 

A ansiedade é uma reação normal diante de algumas situações que nos causam medo, dúvida ou alguma expectativa. Como, por exemplo quando, a criança tem alguma apresentação, está entrando em uma nova escola, está distante dos amigos de costume. Nesses momentos a ansiedade prepara a criança para enfrentar desafios.

Já o transtorno de ansiedade vem acompanhado de preocupações excessivas ou expectativas apreensivas que são muito persistentes e que saem do controle, durando assim um longo período e vem acompanhado por sintomas como irritabilidade, dificuldade de concentração, dificuldades em dormir, cansaço e inquietação. Além desses sintomas é comum também que a criança apresente falta de ar, taquicardia,  dores de cabeça, aperto no peito, entre outros sintomas que podem ser particulares de cada pessoa. Nesse caso, o nível de ansiedade é desproporcional e causa sofrimento, afetando assim a qualidade de vida da criança, podendo interferir nas relações pessoais, no desempenho escolar e nas relações familiares.

Como identificar?

Para identificar se a criança apresenta um nível elevado de ansiedade em grau patológico devemos observar sua rotina e seus comportamentos:

- Apresenta muitos pensamentos negativos: está constantemente falando em coisas ruins e negativas.

- Apresenta baixa autoestima: não se acha bom nas coisas que faz, diz ser burro, feio, magro demais, gordo demais, tem dificuldades em achar suas qualidades.

-Apresenta preocupação constante: está sempre preocupada, e essas preocupações a impedem de realizar atividades simples, como ir a escola. 

-Apresenta dificuldade em ficar longe dos pais: não gosta de ficar longe dos pais, requer presença constante e nos momentos que precisa ficar distante apresenta choro excessivo e grande sofrimento.

-Apresenta dificuldade em fazer amigos e se relacionar: tem medo do que vão pensar dela, se vão gostar, se vão achar chata entre outros pensamentos que a impedem de se relacionar.

-Apresentam dificuldades para dormir: podem acordar várias vezes na noite, sono agitado, evitam a hora de ir para a cama ou começam a querer dormir com os pais.

É importante lembrar que cada criança é única e que os sintomas podem variar, mas devemos observar tudo aquilo que vem atrapalhando e prejudicando a qualidade de vida da criança. O tratamento do transtorno de ansiedade deve ser feito com equipe multiprofissional, como pediatra, psicólogo e caso haja necessidade psiquiatra. O pediatra irá avaliar os sintomas físicos para descartar outras doenças, o psicólogo irá fazer acompanhamento psicológico para trabalhar os medos, as expectativas, a autoestima e buscar a origem do problema para solucioná-lo, e o psiquiatra irá medicar, caso haja necessidade. Como se trata de crianças buscamos o tratamento medicamentoso apenas se os níveis de ansiedade estejam muito elevados, mas o ideal é evitar os medicamentos em crianças, por isso a importância de uma boa avaliação e acompanhamento.

 

Luiza Graziela Santos Dias atua como Psicóloga na Policlínica Lavi, em Nova Esperança.

Luiza Graziela Santos Dias


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