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Sétima Arte - John Wick 3: Parabellum


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 17/05/2019
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Chegou a hora da indústria cinematográfica reagir à hegemonia absoluta de Vingadores: Ultimato. Na última semana o grande blockubster da Marvel já começou a demonstrar sinais de cansaço ao ceder o primeiro lugar das bilheterias nos Estados Unidos ao filme Pokémon: Detetive Pikachu. Essa semana foram três grandes estreias internacionais e uma nacional, sendo eles respectivamente o drama/suspense A Espiã Vermelha, o romance O Sol também é uma estrela, o filme de ação John Wick 3: Parabellum e a biografia Kardec. Desses três o filme de maior peso é o terceiro capitulo da franquia John Wick e é sobre ele que a Coluna Sétima Arte vai comentar essa semana. 

John Wick não era uma grande promessa de sucesso. Em 2014 o primeiro filme da franquia, intitulado no Brasil apenas como De Volta ao Jogo, aparentava ser mais um filme de ação. Era despretensioso, tinha seu total enfoque em cenas de ação bem elaboradas e trazia de volta um ator que já tinha sido muito famoso, mas esquecido há algum tempo. Surpresa foi ele ter se provado como um sucesso de bilheteria e como um dos preferidos do público apaixonado pelo gênero, que estava carente de um novo protagonista para esse tipo de história. Com tamanho sucesso, o assassino interpretado por Keanu Reeves voltou em 2017, dessa vez com o nome do personagem já no título, John Wick - Um Novo Dia para Matar, e se consolidou como novo herói dos filmes de ação.

Agora, o mais novo capítulo dessa história estreou ontem e tem início logo após o final desse segundo filme da franquia, o que garante aos fãs uma continuidade perfeita à história do assassino. É impossível não comentar sobre o título do filme, a expressão latina “parabellum”, em tradução livre, quer dizer preparado para a guerra e é bem isso que o público deve esperar. Não há novidades nesse terceiro filme, tudo se encaminha como nos longas anteriores e a qualidade é a mesma, provando que em filme de ação inovação não é prioridade, mas sim entregar ao público o que ele deseja ver.

A direção continua sob as rédeas de Chad Stahelski que entrega excelentes cenas de ação equilibradas com um mínimo de narrativa. Dos aspectos técnicos o que deve ganhar destaque é o trabalho de edição e de fotografia. A composição das cenas de combate e o trabalho de edição feito em cada uma delas com cortes e continuidades precisos realmente surpreende. Além disso, tudo é muito bonito e agradável de se ver, graças as cores vivas e aos cenários diferenciados que o filme apresenta. Ele é um excelente representante do atualmente escasso estilo neo-noir (um estilo que apresenta um moderno movimento de imagens e de outras formas de destaque que utilizam elementos adaptado dos filmes noir, principalmente após a década de 1950).

Sobre o elenco, Keanu Reeves no auge de seus quase 55 anos prova que tem muito gás para ser considerado uma ótima opção para filmes de ação. Seu personagem quase sem falas faz com que toda a sua expressividade seja destinada às ações e ele faz isso com maestria, demonstrando muita vivacidade ao atuar utilizando qualquer tipo de coisa como armas, livros, facas ou até mesmo um cavalo. É por isso que Keanu Reeves é a cara da franquia John Wick. Além dele, é preciso destacar grandes nomes que estão há um tempo esquecidos e que voltam a brilhar na tela grande por meio desse filme, são eles a ganhadora do Oscar Halle Berry e a icônica Anjelica Huston, que são peças chave para o desenvolvimento da trama. Falando nisso, vamos à trama!  

Após assassinar o chefe da máfia Santino D'Antonio no Hotel Continental, John Wick passa a ser perseguido pelos membros da Alta Cúpula sob a recompensa de U$14 milhões. Agora, ele precisa unir forças com antigos parceiros que o ajudaram no passado enquanto luta por sua sobrevivência.

Por que ver esse filme? Porque o filme é um bom exemplo de ação de qualidade, com ritmo alucinante, sequências bem coreografadas e um excelente trabalho técnico, ele entrega ao público diversão com garantia de qualidade. É um filme altamente comercial, mas consciente do potencial que tem e do que o público espera. Uma ótima oportunidade de diversão para quem quer ir ao cinema ver um típico filme do gênero, cheio de pancadaria, tiros e perseguições. Boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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