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Mestre dos disfarces, ave rara faz morada em praça do centro da cidade


Por: Alex Fernandes França
Data: 27/12/2019
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O Mãe da lua, mais conhecido pelo nome de Urutau se instalou a cerca de um mês em uma árvore da espécie Ipê Roxo na Praça Dom Pedro II  (Pça.da Igreja Católica) na região central de Nova Esperança.

        Uma ave rara se instalou em uma das Praças mais frequentadas da cidade de Nova Esperança, porém são poucos os que notaram sua presença. A razão disso é que o Urutau é considerado o mestre dos disfarces e acaba escolhendo o tronco de árvore cuja coloração mais se aproxima à de sua plumagem.  Amante da natureza e leitor assíduo do Jornal Noroeste, Cícero Figueiredo foi o primeiro a notar a presença do pássaro, cujo nome, em tupi significa “ave fantasma”.  Segundo a Bióloga Eliane Costa o pássaro mede entre 33 e 38 centímetros de comprimento e pesa entre 145 e 202 gramas.”Elas apresentam fronte, coroa e nuca com a coloração castanho acinzentada amplamente rajado de castanho-escuro. O dorso é castanho acinzentado, com manchas e estrias marrom escuro. As íris são amarelas, o bico é preto ou enegrecido e os tarsos e pés podem ser amarronzados, pardos ou ainda cinzentos. Ambos os sexos apresentam plumagem semelhante”, explicou.

Cícero Figueiredo conta como avistou a ave: “um dia eu estava passando aqui na praça e fui conversar com o pároco. Foi quando olhei para o tronco da árvore e disse que a madeira não estava certa, que havia algo diferente. Quando me aproximei vi que era o Urutau, pois conheço esta ave desde que eu tinha 07 anos de idade, Eu amo a natureza. Nada me encanta mais do que isso” diz, emocionado o conhecido morador da cidade. 

Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas. “Esta ave é encontrada em praticamente toda a América Latina, com exceção no Chile e Antilhas. Costuma habitar em áreas semiabertas de caatinga e cerrado até as florestas mais densas. Se alimenta, com sua grande boca, basicamente de insetos, sobretudo as mariposas. Formam casais monogâmicos e a fêmea choca um ovo de cada vez e seus ninhos ficam em locais bastante incomuns, que é a ponta de um galho vertical quebrado”, explicou a bióloga. 

A reportagem esteve por cerca de meia hora no local e neste tempo todo o pássaro permaneceu, lá no alto, totalmente imóvel, parecendo um prolongamento do galho do Ipê Roxo. 


Anuncie com Jornal Noroeste
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