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Sétima Arte - Homem-Aranha: Longe de Casa e Annabelle 3: De Volta pra Casa


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 05/07/2019
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Essa semana a Marvel traz mais uma de suas grandes estreias, a primeira depois do badalado Vingadores: Ultimato, além disso, estreou semana passada um filme de terror que vem chamando a atenção do público em geral. Sobre Homem-Aranha: Longe de Casa e Annabelle 3: De Volta pra Casa, a Coluna Sétima Arte informa você essa semana.

Primeiro vamos falar sobre Annabelle 3, o filme estreou semana passada e acabei não comentando nada sobre ele, pois dei mais ênfase ao grande projeto nacional que é Turma da Mônica – Laços. Agora, para fazer justiça e para me redimir junto aos fãs do terror, gostaria de fazer algumas considerações a respeito desse filme que antes da sua estreia não havia chamado muito a atenção. Isso porque em tempos de universos cinematográficos e grandes franquias, os derivados de Invocação do Mal andaram esgotando os fãs. Diferente do que houve com o universo dos super-heróis, no terror essa avalanche de filmes não agradou ao público e muito menos aos críticos. Assim, os filmes anteriores de Annabelle, depois A Freira e também a Maldição da Chorona, acabaram não entregando essencialmente o que o público queria.

Indo na contramão dessa realidade surge Annabelle 3: De Volta pra Casa, chegou de mansinho e surpreendeu ao público e a crítica, com um filme mais sombrio, mais tenso e menos propenso aos sustos gratuitos. Mérito do diretor Gary Dauberman, que desenvolveu um filme sóbrio, mas com narrativa simples e muito bem desenvolvida, gerando uma tensão ímpar. Isso é muito positivo, pois ao invés de investir gratuitamente em jumpscares, ele cria um clima de tensão e medo constantes que dá um resultado imediato no expectador. Isso mostra que Annabelle 3, flerta muito mais com o gênero pós-terror, do que necessariamente com o terror tradicional. Algo extremamente positivo e que faz desse filme uma boa opção de escolha no cinema por esses dias.

Agora, vamos para a estreia de ontem, o esperado Homem-Aranha: Longe de Casa. Após as últimas estreias de seu Universo Cinematográfico, a Marvel já não tem mais a possibilidade de entregar ao público filmes medianos, ou seja, ela precisa produzir filmes cada vez melhores, pois elevou ao máximo o nível de expectativa de seus fãs. Sendo assim, todos esperam um arrasador Homem-Aranha: Longe de Casa, isso porque esse é o primeiro filme após o “blip” (termo usado para explicar a situação criada pelo estalar de dedos do Thanos) e os acontecimentos decisivos e, de certa forma, traumáticos de Ultimato.

Interessante no filme é ver como ele preenche as lacunas pós Ultimato, algo que vem povoando a mente e instigando a criatividade dos fãs há alguns meses. O filme já começa mostrando como o mundo está se adaptando após esses acontecimentos, ao mesmo tempo em que mostra como Peter Parker está lidando com o luto por ter perdido seu mentor, Tony Stark. Nesse sentido, o longa é uma jornada de amadurecimento do herói, que mostra como o Homem-Aranha precisa deixar de ser o adolescente promessa, para se tornar um dos grandes defensores da terra (algo que ele já se tornou sem querer e sem preparo ao longo de Guerra Infinita).

O roteiro de Chris McKenna e Erik Sommer foi muito bem feito e apresenta um arco dramático digno, sem os clichês que todos esperam, além disso, apresenta aventura, romance e comédia de formas muito bem comedidas, tornando o filme realmente um evento. A direção, que ficou a cargo de Tom Watts, o mesmo diretor do filme anterior, mostra um grande amadurecimento e uma seriedade muito maior com o projeto. Construído a partir de três atos sólidos e muito bem definidos, ele culmina em seu final numa luta realmente épica e respeitável. Tudo é bastante empolgante e o cenário de Londres dá uma dimensão da importância global que o personagem do Aranha ganhou.

O elenco tem oportunidade suficiente para brilhar por conta própria, de forma que Tom Holland exibe todo o seu carisma e Jake Gyllenhaal desponta como um dos melhores personagens do Universo Cinematográfico da Marvel, ele é um verdadeiro mistério. Além deles, Samuel L. Jackson, Zendaya, Marisa Tomei, Jon Favreau, Cobie Smulders, Jacob Batalon e Angourie Rice enriquecem o elenco.

Fato importante a se comentar antes de falar sobre a trama é que a Marvel continua realizando um bom fan service e entrega uma trama que vai pegar de surpresa aos fãs que só acompanham os heróis no cinema, mas que dá algumas vantagens a respeito da história para aqueles que são fãs dos quadrinhos do “cabeça de teia”. Não vou falar mais nada para não estragar as supressas, por isso, vamos à trama!

Peter Parker está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury. Precisando de ajuda para enfrentar monstros nomeados como Elementais, Fury o convoca para lutar ao lado de Mysterio, um novo herói que afirma ter vindo de uma Terra paralela. Além da nova ameaça, Peter precisa lidar com a lacuna deixada por Tony Stark, que deixou para si seu óculos pessoal, com acesso a um sistema de inteligência artificial associado à Stark Industries.

Por que ver esse filme? Se você está ansioso para a nova etapa do Universo Cinematográfico da Marvel, esse é seu filme. Além disso, Homem-Aranha: Longe de Casa está à altura dos melhores filmes da Marvel, entregando aquela que, para muitos, é a melhor sequência de ação até então produzida por esse estúdio. Por fim, vale a pena lembrar e pedir encarecidamente a todos para que não saiam do cinema antes do final dos créditos. O Filme traz duas cenas pós-créditos que são avassaladoras e vão animar muito aos fãs da Marvel. Boa sessão.

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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