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Sétima Arte


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 13/03/2020
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Finalmente um filme de ação relevante chega aos cinemas. Se você, como eu, adora filmes de ação, deve ter percebido que esse gênero tem andado muito em falta. Ontem, os expectadores foram surpreendidos com uma boa notícia, o lançamento de Bloodshot, filme de ação baseado nos quadrinhos da Valiant Comics, é muito melhor do que se poderia imaginar. Por isso, a Coluna Sétima Arte dessa semana se dedica a esse filme.

À primeira vista Bloodshot parece apenas mais um filme genérico de ação. Se você der uma olhada superficial na sinopse, vai achar que ele é um mix de várias histórias, como se Deadpool, Triplo X, Wolverine, Capitão América e a franquia Bourne tivessem sido colocados num liquidificador e misturados para construir Bloodshot. Mas não se iluda, o filme não é nada disso! Por mais que ele tenha elementos que relembrem esses filmes, ele se constrói e se sustenta de forma muito original e com reviravoltas realmente inteligentes.

A responsabilidade por isso deve ser dividida pela direção e pelo roteiro competentes. Vamos começar falando sobre o roteiro. Escrito por Eric Heisserer e Jeff Wadlow, ele busca ser menos grandioso e muito mais próximo da realidade, algo que é positivo, já que as pretensões claras de Bloodshot é dar início a um Universo Cinematográfico tendo como base os quadrinhos da Valiant, no melhor estilo Marvel. Por isso, se distanciar do que já está sendo feito pela concorrente é impor originalidade à obra. 

Além disso, os roteiristas incluíram na trama sequências dignas de Black Mirror (a famosa série da Netflix). Com um ritmo alucinante e boas reviravoltas, é capaz de prender a atenção do público e o deixar realmente curioso para saber o que vai acontecer ou como tudo vai se desenrolar. Algo que é bastante prazeroso e que demonstra muito tato por parte dos roteiristas.

Já a direção que ficou a cargo de Dave Wilson, não poderia estar em melhores mãos. O diretor é conhecido por ser especialista em efeitos visuais e levou toda essa experiência para o filme, fazendo com que os efeitos utilizados sejam tanto surpreendentes quanto verossímeis. Soma-se a isso um cuidadoso trabalho de paleta de cores e fotografia, de forma que tudo concorre para que o filme seja muito bem executado em todos os aspectos. Sobre isso, fique atento para a cena com a fumaça vermelha. Essa sequência é de encher os olhos.

Sobre o elenco, é impossível não falar da principal estrela, Vin Diesel. O filme é a cara dele e ele está completamente à vontade no papel. É muito bom perceber que ele consegue ser muito bem sucedido em outras obras que estão para além de Velozes e Furiosos, pois eu sempre achei que essa franquia acabou enterrando um pouco da sua genialidade como ator. Além dele, Guy Pearce, Eiza González e Sam Heughan estão no grupo de atores competentes que brilham ao longo do filme. Vamos à trama!

Bloodshot é um ex-soldado com poderes especiais: o de regeneração e a capacidade de se metamorfosear. Assassinado ao lado da esposa, ele é ressuscitado e aprimorado com a nanotecnologia, desenvolvendo tais habilidades. Ao apagarem sua memória várias vezes, ele finalmente descobre quem é e parte numa busca por vingança daqueles que mataram sua família.

Por que ver esse filme? Primeiro porque ele é diversão garantida. Segundo, porque ele é um ótimo exemplo sobre como uma equipe competente pode pegar uma história que tinha tudo para ser “mais do mesmo” e transformá-la num espetáculo visual, recheada de efeitos especiais e boas reviravoltas. Aproveite, porque faz tempo que não temos ação de verdade e com boa qualidade, vá ao cinema confira se realmente Bloodshot está com essa bola toda e boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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