Final de mês

Essa vontade louca de esvair-me

Se confunde com uma calmaria inexplicável.

Onde eu me perdi?

Canção Semanal

A poesia da semana

foi um buraco sem fundo,

despenhadeiro de sonhos

ao acaso lançados.[

A poesia da semana

foi uma inglória repentina

repetida cotidianamente

sem direito ou avesso.

A poesia da semana

foi um cesto de eus

nus e descalços

flagelados e feridos

A poesia da semana

foi insistente e constante

em pensamentos fortuitos

deixou-se sangrar.                   

Jacilene Cruz, Mestranda em Educação pela UERR/IFRR