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Pingos e Respingos


Por: Dr. Juarez de Oliveira
Data: 18/12/2020
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Opinião do Blog

Através do Ministério da Saúde, governo Bolsonaro quer extinguir os programas de Saúde Mental do SUS

O governo Bolsonaro quer extinguir todos os programas de Saúde Mental do SUS desde 1991 até 2014, criados pelos ex presidentes Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.  Diversas autoridades estaduais, instituições, temem um desmonte das diversas políticas públicas de saúde mental, agravadas pela pandemia do novo coronavírus.  O que se observa em torno do assunto é que as autoridades do Ministério da Saúde estão descontextualizadas sobre o que acontece atualmente no universo da saúde mental. O governo quer parcerias para continuar com os programas. Seguindo as ideias neoliberais, o estado não quer mais assumir as condições de protagonista de apoio e socialização na comunidade de pessoas com transtornos mentais. Ele quer entregar os programas de doenças mentais e o SUS para a iniciativa privada. Ele não está nenhum pouco preocupado se isso é retrocesso. A verdade é que a saúde pública mental no país sempre foi vilipendiada pelos nossos governantes, sendo que as verbas para os investimentos sempre foram escassas. As maiores conquistar no setor foram de manifestações públicas, da luta antimanicomial e, graças a esses elementos formadores da essência que dá corpo a saúde pública e mental no país. Não dar importância a isso, como vem fazendo o governo Bolsonaro, é uma atitude a ter reflexos na vida de milhões de pessoas que podem ter acesso gratuito aos CAPS, e que hoje poderá ter um tratamento planejado e continuo, podendo retomar o caminho de suas vidas, recuperadas, autônomos, quebrando estigmas.  Com a pandemia da Covid-19, impõe aos governantes de nosso Brasil e do mundo, a necessidade ainda maior de investimentos na saúde mental que é algo muito mais importante que a doença mental em si. A saúde mental  é um dos pilares  de extrema importância e faz parte de um complexo que deve estar em equilíbrio para uma boa qualidade de vida.  Jamais poderá ser colocada em segundo plano!

Os casos Abin e Jair Renan, além de outros, colocam em cheque o governo familiar de Bolsonaro

O escândalo envolvendo a Associação Brasileira de Inteligência (Abin) e o presidente Bolsonaro e um de seus filhos, o corrupto Flávio Bolsonaro, rei das "rachadinhas", que também tem o deputado federal Arthur Lira, rei das rachadinhas em Alagoas como seguidor, vai se consolidando como um dos governos mais corruptos da história da democracia brasileira, com efeitos danosos ao nosso país. Segundo o jornalista Merval Pereira, "é mais um caso do presidente que poderia levá-lo ao impeachment." Conforme a "Revista Época" informou, a Abin, órgão de segurança federal, colocou todos os seus quadros para traçar estratégias destinadas a livrar o senador Flávio Bolsonaro da Justiça por causa das rachadinhas. A Abin havia traçado dois planos para os advogados sustentarem o pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz, coordenador das "rachadinhas" do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.  O governo Bolsonaro que fez campanha e se elegeu com   fake news   contra o PT, em especial das gestões de Lula e Dilma, chegou a dizer que "a Lava Jato não necessitaria mais porque não há corrupção em seu governo." É uma vergonha para a nação o uso do poder público e do dinheiro público para soluções familiares. Como vivemos numa república de bananas, onde os poderes que deveriam fiscalizar tais atitudes não tomam nenhuma providência mais enérgica, com certeza, tudo ficará como antes. Já o seu filho 04 Jair Renan, inaugurou uma empresa e as fotos, vídeos, filmes e divulgação do evento, divulgadas por Jair Renan nas redes sociais, foram realizados pela produtora Astronauta Filmes, de conteúdo digital e comunicação corporativa, que presta serviços ao governo federal e recebeu um milhão e quatrocentos mil reais no pacote para produzir filmes também para o Ministério da Educação e Ministério da Saúde. Segundo se comenta, a empresa Astronauta Filmes não cobrou nada e seria um presente para Jair Renan, filho do presidente. Isto é uma vergonha, coisa deplorável, usando dinheiro público para coisas privadas. Que barbaridade. Aliás, a família Bolsonaro tem usado e abusado do dinheiro público para o bem-estar de sua família, de sua prole.  Como vivemos numa república de bananas, onde as instituições costumam a se acovardar, tudo é possível.

Coisas do Cotidiano

• Parabéns aos diretores da Jornal Noroeste pela nova edição da Revista Noroeste, de alta qualidade e temas variados. Cumprimentos também à todos aqueles que colaboraram para que a edição fosse um sucesso;

• Pazuello, ministro da Saúde, é um desastre, afirma Rodrigo Maia -Pazuello disse que iria vacinar a população em março, passou para dezembro, depois janeiro e agora fala em fevereiro;

• STF suspende a liberação da verba (de 3 bilhões) do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica), principal mecanismo de financiamento da educação básica, para as escolas ligadas as igrejas e também para o sistema S de ensino profissional; 

• Mais um desastre de Pazuello ao dizer em entrevista: "Pra que essa ansiedade? Essa angústia?", após várias perguntas sobre a vacina contra a Covid-19. Será que Pazuello já esqueceu que quase 190 mil pessoas já foram a óbito por causa da Covid-19, além das milhares de pessoas infectadas diariamente, chegando a mais de 7 milhões?

• Nada de autorização. Que absurdo! Mais uma derrota de Bolsonaro ao querer que as pessoas que tomassem vacina contra a Covid-19 assinassem um termo de responsabilidade. Já abortou a ideia. Quanta ignorância, até parece o prefeito Odorico Paraguaçu, da novela "O Bem Amado", da Globo.  Pior que ainda tem correligionários que compartilham;

• Obrigado Facchin - O ministro Facchin suspendeu o ato do presidente Bolsonaro de isentar os impostos sobre importação de revólveres e pistolas. Para o ministro, a isenção do referido imposto contradiz o direito à vida e o direito à segurança. Viola o ordenamento constitucional brasileiro. A queixa foi feita pelo PSB que alegou que ao zerar a referida  alíquota de importação, o presidente Bolsonaro  facilita a população ao uso de armas,  contradizendo não apenas as tendências mundiais de mitigação de conflitos de natureza armada, senão também as próprias políticas públicas nacionais, como o Estatuto do Desarmamento. O PSB ainda criticou a diminuição da arrecadação pelo ato do presidente, bem como deixou de prestigiar as industrias nacionais de armamentos. Obrigado Facchin, obrigado PSB!

• Câmara dos Deputados da Argentina aprovou a legalização do aborto, até a quarta semana de gestação, por 131 votos contra 117. Mulheres foram às ruas agradecerem pela nova lei;

• Futebol e  Racismo - Felizmente presenciamos um ato antirracismo muito importante, com jogadores ajoelhados, punhos cerrados, árbitro e auxiliares,  protestando contra a atitude do árbitro auxiliar do jogo anterior inacabado entre  PSG  x   Basaksehir pela  Liga dos Campeões, que havia chamado um jogador do time turco de negro;    Bob Marley tem razão quando ele diz em sua  música, War: "Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra", conforme diz o jornalista André Santana;

• 19 de dezembro de 1853, emancipação política do Paraná - Há 167 anos, o Paraná desmembrava da Província de São Paulo, tornando-se a mais nova província do Brasil Império, tendo Zacarias de Góes e Vasconcelos, o primeiro governador do Paraná;

• Ex presidente Michel Temer, poderá assumir um cargo na atual administração por ter articulado o golpe de 2016 em cima da ex presidente Dilma Rousseff, propiciando para que Bolsonaro fosse eleito presidente do Brasil, após o ex juiz Sérgio Moro condenar, sem provas, o favorito Lula a prisão;

• Gal Gadot, a mulher maravilha, estreia o seu filme "Mulher Maravilha 1984", em terras brasileiras.

Projeto inconsistente deixa o Brasil de fora da Cúpula do Clima da ONU

A Cúpula do Clima da ONU reuniu-se recentemente para comemorar os cinco anos do Acordo de Paris e para que os dirigentes de diferentes países do mundo apresentassem suas metas   sobre os cortes de emissões de gases ou ações concretas em termos ambientais. Ao todo, 77 líderes fizeram uso da palavra. Inclusive as maiores economias do mundo e emergentes. Todavia, causou estranheza aos brasileiros o fato do Brasil ficar de fora da lista de oradores. O motivo foi que o Brasil apresentou um projeto sem qualquer consistência, feito as pressas e não foi classificado com um projeto ambicioso. Na realidade, o Brasil não foi incluído pela falta de credibilidade internacional do atual governo e um abalo a sua reputação. Os organizadores estabeleceram que para que um líder subisse a tribuna para discursar sobre o tema, teria que ser algo novo em termos de compromissos ambientais, colocando um freio em dirigentes que subissem a tribuna e fizessem demagogia ou ataque à outros países. Tá na cara que o Brasil foi penalizado no encontro pelo fato do presidente Bolsonaro dar pouca importância ao clima e ao meio ambiente, principalmente nos desmatamentos e queimadas no Amazonas e Pantanal. No Acordo de Paris sobre o clima, há cinco anos passados,  o Brasil fez o maior sucesso, graças a uma excelente equipe enviada pela ex presidente Dilma Rousseff e tornou-se referência internacional sobre o assunto. Hoje, só vai à cúpula quem tem o que mostrar para salvar o planeta, que não é o caso atual do Brasil, do governo Bolsonaro.

Entrelinhas

***Presidente Bolsonaro confirmou no programa do apresentador José Luiz Datena "que Fabrício Queiroz também pagava conta dele, pois era de confiança." Como se sabe, Fabrício Queiroz era o responsável em receber o dinheiro das "rachadinhas" no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, e os milhões amealhados foram usados para pagar as contas do presidente, das compras de imóveis para Flávio Bolsonaro, sua mulher a alguns amigos. Qual será a conduta agora, Ministério Público, diante dessa confissão? *** Brasil, último país do G20 a reconhecer a vitória de Biden. Pelo jeito, o presidente Bolsonaro estava esperando Trump deixar a casa branca. ***" Para esta coluna, as pessoas precisam ler mais pois o negacionismo tem raízes na ignorância. *** "Datafolha mostra Bolsonaro no lucro: desgoverna o Brasil e ainda tem quem aplauda."  Jornalista Kennedy Alencar).

 

Dr. Juarez de Oliveira


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