Opinião do Blog

Para o presidente Bolsonaro, a prioridade é mais armas para a população. Mas o povo brasileiro precisa mesmo é de mais vacinas!

Na calada da noite de sexta feira, 12 de fevereiro último, o presidente Jair Bolsonaro, cumprindo mais um compromisso de campanha, agora com as indústrias bélicas, que gastaram muito dinheiro na campanha presidencial, assinou vários decretos armamentistas e entre eles, permitir que cada cidadão comum brasileiro possa adquirir até seis armas (antes era quatro). Para quem é sócio de clube, pode adquirir 60 armas. Essa nova decisão fará parte do Estatuto do Desarmamento, de 2003 e entrará em vigor dentro de 60 dias. No caso de policiais, agentes prisionais, membros do Ministério Público e de tribunais, o limite passa para oito armas por cidadão. Antes, os colecionadores, atiradores e caçadores somente poderiam adquirir até mil munições por ano, por cada arma de uso restrito e cinco mil munições para cada arma de uso permitido. Agora, no novo decreto, o cidadão também poderá andar armado (até duas armas). Outra mudança, é que qualquer psicólogo poderá dar laudo de aptidão para o uso de armas.  Jovens de 14 a 18 anos também poderão praticar tiros coma armas emprestadas de amigos.

Está mais do que provado, basta pesquisar sobre o assunto, que a população armada aumenta a criminalidade. Cerca de 500 mil pessoas foram mortas por armas de fogo na última década, o que representa 70% dos homicídios.  Mas o presidente insiste em dizer que povo armado será menos escravizado. Bolsonaro é um presidente enganador e com muita hipocrisia.  Qual a vantagem de armar um povo empobrecido, que não tem o que comer, excluído do Estado Democrático de Direito? Armar a população brasileira, sempre foi prioridade do presidente. Vacina contra a Covid-19, educação, emprego, alimentação e combustíveis mais baratos, são coisas secundárias, entende Bosonaro. Já vivemos o apagão de vacinas. Quantas cidades estão interrompendo a imunização. "Bolsonaro, ao invés de defender a vida, prefere com decretos, incentivar a morte."  Certa vez Rousseau (filósofo e político francês), perguntou: por que usar uma arma na cintura?  Ele mesmo respondeu: "O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe".

Senadores colocam   Pazuello e    Bolsonaro nas cordas do ringue

Foi terrível a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na reunião com os Senadores da República afim de prestar diversos esclarecimentos sobre os mais variados problemas (que são muitos) da atual saúde pública do país, correlacionados com a pandemia pelo novo coronavírus. Apesar de ser uma convocação tardia, mesmo assim o general Pazuello e o presidente Bolsonaro (que não estava presente), apanharam tanto que o general Pazuello preferiu escutar calado os senadores chamarem Bolsonaro de "genocida", "patético", "incompetente" e "negacionista". O próprio ministro tentou sem sucesso justificar as diversas perguntas à ele feitas, inclusive com respostas mentirosas, comprovadas posteriormente por repórteres. Chamou a atenção, o volume de perguntas que os Senadores fizeram, que praticamente são as mesmas que esta coluna vem fazendo e o povo nas ruas também. Como também era de se esperar, as respostas de Pazuello foram evasivas, chegando ao ridículo, dando a entender que ele estava respondendo para pessoas leigas sobre o assunto. O Senador Fabiano Contarato (Rede-ES) bateu tanto em Pazuello e Bolsonaro chegando a dizer no final de suas palavras: "Eu tenho fé em Deus que tanto o senhor ministro, como o senhor presidente da República, irão responder por genocídio, seja aqui no Brasil, seja no Tribunal Penal Internacional." O Senador Contarato prosseguiu: "Tanto o senhor como o presidente devem ser responsabilizados criminalmente por terem estimulados aglomeração, o não distanciamento social, o não uso de máscaras, a demora na compra das vacinas, ignorar a pandemia   e o uso de medicação sem nenhuma comprovação científica." Já o Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que ouviu atentamente as palavras do ministro Pazuello e concluiu que as mesmas não passavam de um "misto de ignorância e mentira". Pazuello nada respondeu.

Coisas do Cotidiano

·         Notícia triste - O falecimento do grande amigo e colega de trabalho de tantos anos, padrinho de casamento, dr. Iracir Roberto Ferreira. Nossas condolências à família enlutada;

·         Em Santa Catarina, Bolsonaro disse:  "o certo é tirar de circulação os jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Estadão), O Globo e o site Antagonista por espalharem fakes news;"

·         Notícia Boa - A vacina Oxford/AstraZeneca já foi aplicada em 15 milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive idosos, sem efeitos colaterais importantes. Agora, será testada em 20 a 30 mil jovens entre 6 e 17 anos;

·         República de bananas - A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), aquela que é mentora e mandante de matar o marido e até hoje ainda não foi denunciada pela comissão ética da Câmara, recebeu mais de 10 milhões   de reais em emendas durante 2020, mesmo com tornozeleira eletrônica. Em Porto Alegre, o deputado estadual Ruy Irigaray (PSL-RS), que controla as "rachadinhas" em seu gabinete (conforme denúncia do Fantástico), usa funcionários para reformas de casa e tem um gabinete do ódio para espalhar fakes news contra os seus adversários;

Castor de Andrade, Bicheiro, Bangu, Coritiba e Carnaval

Carioca da Gema, Castor de Andrade, o mais famoso bicheiro e cartola do país, uma das figuras mais conhecidas e lendárias em sua época, costumava dizer que " drogas não combinava com o jogo de bicho".  Castor era chamado de senhor Castor ou doutor Castor pela sociedade carioca. Envolvido com o mudo do crime, uma das maiores fortunas do país, dono do jogo do bicho, Castor tinha a proteção de grandes patentes da polícia, da Justiça, da milícia a base da bala, do crime organizado e de parlamentares que ele financiava as candidaturas. Só a juíza Denise Frossard, conseguia por medo em Castor. No futebol, o Bangu era a sua grande paixão, onde comandou aquela equipe por muitos anos. Não aceitava erros de arbitragens contra o seu time e invadia o campo com os seus capangas para bater no árbitro e seus auxiliares.  O Bangu revelou Nilton Santos, Zizinho, Zózimo, Aladin, Paulo Borges, Ademir da Guia, Arthurzinho e outros.  Em 1985, Castor montou um time para o Bangu ser campeão brasileiro. Seria o Flamengo de hoje. O formato do Brasileirão era diferente e na final ficou Bangu de um grupo e o Coritiba do outro. Os dois times eram excelentes.   Eliminaram grandes equipes para chegarem a final. No Maracanã, o Bangu era o mandante, Castor cobrou o ingresso a preço de banana e convocou todas as torcidas para virem ao Maracanã, com bandeiras de seus clubes. Mais de 100 mil pessoas no Maracanã. Todos incentivando o Bangu.   No final da partida, o jogo terminou 1 x 1. Foram para as penalidades e Coritiba venceu por 6 x 5 e foi campeão brasileiro. Castor ficou tão chateado que vendeu todo o time do Bangu, parou de patrociná-lo e o Bangu acabou. Quanto ao Coritiba, é esta mediocridade que se vê hoje. Uma baba!  Já o carnaval carioca, sempre foi forte, mas com muita discrição, sem muito luxo, sem muita riqueza, sem muito público. Só foi Castor de Andrade e outros bicheiros injetarem dinheiro nas Escolas de Samba, pronto, o carnaval carioca passou a ser esta potência mundial, recebendo turistas de todo o mundo.  Hoje, temos outros grandes contraventores que investem no carnaval carioca, com destaque para o Aniz Abrão David, o bicheiro mais conhecido como Anísio, que transformou a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, uma das melhores, a mais luxuosa, mais rica, mais títulos dos últimos anos daquele carnaval. Neguinho da Beija Flor deve muito o seu sucesso como puxador de samba ao bicheiro Anísio.  Poderoso, amado, odiado, Castor fazia muito assistencialismo para as famílias pobres do Rio de Janeiro. Ainda hoje, o carnaval carioca é liderado por corruptos, contraventores, chefes de crimes organizados, milícias, etc., como Luizinho Drummond, da Imperatriz Leopoldinense. Rogério Andrade, da Mocidade Independente de Padre Miguel, Marcos Vieira da Portela, Anísio da Beija Flor, Airton Guimarães, ex presidente da Vila Isabel e outros, são     crias de Castor de Andrade (1926-1997), o imperador do bicho, do futebol e do carnaval carioca.

Entrelinhas

 ***. O ex Senador Roberto Requião, num vídeo, disse: "Lula é culpado. Definitivamente, desde sempre, Lula é culpado. Lula é culpado pela sua teimosia em ser eleito presidente do Brasil. Lula é culpado por ter sido demasiadamente ingênuo, confiante, nos políticos e na Justiça.  É culpado por ter desafiado os donos do dinheiro deste país. Lula é culpado porque introduziu aos pobres deste país a terem três refeições diárias, o que era privilégio somente das classes dominantes. É culpado porque botou anéis nos dedos dos filhos dos operários, transformando-os em doutores. É culpado porque acabou com a fome, reduziu a mortalidade materno-infantil deste país, gerou milhões de empregos e a credibilidade do país no mercado internacional. É culpado por ter dado oportunidade a todos os pobres a viajarem de avião. Lula é culpado por desafiar, insurgir, contra a elite medíocre deste país. Lula é culpado por ter descoberto petróleo na camada pré sal, que poderia tornar o país definitivamente independente. Lamentavelmente, os tucanos privatizaram o pré -sal. Lula é culpado por ter dado moradias dignas aos pobres deste país.  Lula é culpado por ter criado escolas técnicas, incentivando as tecnologias, criando universidades para o crescimento cultural de nosso povo, evitando que no futuro sejamos capachos das nações mais desenvolvidas. Lula é culpado por colocar a polícia federal a trabalhar. Por tudo isto, Lula foi humilhado, condenado, preso, por Moro e Dallangnol, que tinham outros interesses na política brasileira, mesmo sem provas de que Lula era proprietário do Triplex e do Sítio de Atibaia."***Prefeito de Boa Vista da Aparecida, Pr. é preso com carro oficial em Sarandi (RS), transportando galos de brigas. Apliquem a lei senhores vereadores. ***Deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso pelo STF por divulgar um vídeo dizendo uma montoeira de baboseiras contra os ministros. Merecia a perda de mandato por tal ato ser incompatível com a posição de um parlamentar.