Pingos e Respingos
Opinião do Blog
Oficiais das Forças Armadas pedem demissão de cargos por não tolerarem o presidente Bolsonaro
Desde a sua posse em janeiro de 2019, o palavreado do presidente Bolsonaro é compatível com suas atitudes dominadoras, ou seja, humilhar os adversários, criticar os países de esquerda como China e Rússia, elogiar a ditadura militar, gostava de falar no "meu exército", não aceitar opiniões, piadas inconvenientes, fã declarado do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra que foi o maior repressor e torturador da ditadura militar em nosso país, chegando a condecorar familiares de Ustra e outras coisas mais. Enfim, a nossa democracia desde então, caminha com a navalha no pescoço. Com a pandemia, a coisa desandou porque exigia uma formação cultural melhor de nosso presidente para compreender a ciência a combater este mal. O nosso presidente não estava preparado para tal pela sua formação negacionista. Foi quando os governadores e prefeitos, com o apoio do STF, tomaram as primeiras medidas de restrições, isolamento e distanciamento social, higienização das mãos, uso de máscara, etc. O presidente que era puxa saco de Donald Trump, queria que governadores, ministério da Saúde, médicos, usassem a cloroquina, como medicamento salvador da pandemia, mas que não tinha nenhum efeito sobre o novo coronavírus. O presidente não gostou das atitudes dos governadores por achar que era prerrogativa dele. Desde então, começou uma "guerrinha" com os governadores, chegando a ameaçá-los caso não usassem o chamado "kit covid", que traz mais efeitos maléficos que benéficos para a saúde. Foi aí em suas manifestações de domingo, com os seus correligionários, que o presidente falava em meu exército, as Forças Armadas, para resolver os seus problemas pessoais e as suas políticas reacionárias. Iniciou-se uma crise militar, que culminou com a renúncia conjunta dos comandantes das Forças Armadas por não concordarem com as tomadas de posições do presidente que estava usando os militares para dar um golpe no país. Foram as palavras de oficiais militares. Bolsonaro andava irritado com comandante do Exército, Edson Leal Pujol, quando o presidente pediu que ele tomasse uma atitude crítica ao STF, devido a restauração dos direitos políticos à Lula e ele não aceitou. Lula saiu fortalecido da reunião do STF e para todos aqueles que gostam de política sabem que Bolsonaro terá muitas dificuldades para vencer o ex presidente numa eleição presidencial. Lula é carismático. Lula é povo. Outro fator que deixou o presidente irritado é que Bolsonaro queria decretar o Estado de Sítio, para ter os governadores, Justiça, parlamentares, opositores, enfim, todos em suas mãos. O presidente pediu apoio ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, que não concordava com as manifestações políticas favoráveis aos interesses de Bolsonaro e não ao país, disse não aos atos do presidente e foi demitido. Em solidariedade, os ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica também deixaram os cargos. A crise é grave e como costuma dizer o jornalista Kennedy Alencar, da UOL: "não adianta trocar ministros: tem que trocar o presidente".-
Não foi nada bom para o país o impeachment de Dilma Rousseff
Há tempo esta coluna vem comentando diversos assuntos relacionados com a política brasileira, como o momento atual, os governos anteriores, a Lava Jato, a Vaza Jato e outras coisas mais. Algum leitor já poderia perguntar: mas como o impeachment de Dilma Rousseff não foi bom para o país se acabou a roubalheira? O bom da democracia é esta capacidade de você tem de poder discutir, analisar, falar, enfim, expor a sua opinião. O assunto é bem mais complexo, mas numa tentativa de simplificá-lo eu diria: o país piorou demais depois do impeachment de Dilma, chamada de ladra e até agora ninguém provou nada contra a ex presidente. A roubalheira hoje, é familiar. Você já fez esta observação? Na realidade, Dilma foi cassada por ser mulher, por termos uma mídia oportunista e também pelo fato de que a direita jamais ganharia uma eleição no voto neste país, diante do bom trabalho que o PT vinha fazendo em prol do Brasil e dos brasileiros. O impeachment de Dilma foi uma injustiça histórica. Em 2010, Lula deixou o governo com 87% de aceitação. Se você ler a história do país, nunca isso aconteceu. Dilma vinha muito bem até que a elite brasileira. as forças de direita lideradas por Aécio Neves, Eduardo Cunha, Michel Temer, Álvaro Dias, STF, partidos nanicos e outros, que queriam o poder a qualquer preço, iniciaram uma conspiração terrível contra a presidente. O boicote pelo Congresso Nacional, as tais pedaladas fiscais, que foram a causa da queda de Dilma, um recurso que todos os presidentes adotavam, uma grande parte dos deputados nem sabiam o que era por ocasião da votação do impeachment. Mas o problema passou a não ser mais a Dilma ou o PT, mas sim, Lula, que teria que ser afastado da política, a qualquer preço, por causa de seu alto prestígio, bom de palanque, bom de voto e um grande ex presidente. Lula era "ocara," como disse Barack Obama, ex presidente dos Estados Unidos. Coube a Lava Jato, comandada pelo ex juiz Sérgio Moro a solução do problema, ou seja, com o seu abuso de poder, usando táticas antidemocráticas, maquiadas com verniz de legitimidade constitucional, com o apoio de um mídia marron, decretar a prisão de Lula, mesmo sem problemas, confirmada por uma Justiça imoral e absurda. Na semana passada, a Justiça de São Paulo deu ganho de causa a sra. Mariza, ex esposa de Lula, hoje falecida, sobre um dinheiro que ela havia dado e depois desistido da compra do triplex, causador da prisão de Lula. que Moro jurava que era do ex presidente obtido por propina, mas que na verdade, pertence a empresa OAS. A prisão de Lula abriu caminho para a eleição de Bolsonar. A Vaza Jato nos ajudou muito a encontrar a verdade, levando até o STF em reconhecer o erro do ex juiz. Hoje, a mesma mídia que derrubou Dilma Rousseff e interrompeu a brilhante carreira política de Lula, está arrependida até o último fio de cabelo diante do insano presidente Bolsonaro, sem competência até para tentar livrar o povo brasileiro da morte pela pandemia. Mas é importante manter toda essa memória viva, pois o pecado original do impeachment de Dilma foi o marco desta derrocada, desta erosão sem fim de nosso país, agora nas mãos de Bolsonaro e terceirizado pelo Centrão.-.-
Lei de Segurança Nacional (LSN), a chamada lei da ditadura, precisa ser atualizada
A Lei de Segurança Nacional (LSN) que entrou em vigor em 1983, já no final da ditadura militar (1964-1985), em 35 artigos, é uma herança do período ditatorial , sendo desdobramento de legislações anteriores, mais duras, mais usadas contra opositores. Assinada na época pelo presidente da República, João Batista Figueiredo, estabelece em suma, crimes contra a integridade e a soberania nacional, o regime representativo e democrático, a federação e o Estado de Direito e a pessoa dos chefes dos Poderes da União. Traz ainda, termos genéricos, como incitação à subversão da ordem política ou social e artigos como perna de até quatro de prisão para quem imputar fato ofensivo à reputação dos presidentes da República, do Supremo, da Câmara e do Senado. O principal argumento para mudança da lei é o "cerceamento à liberdade de expressão." Acontece que em 1988, a nova Constituição Brasileira foi promulgada e traz um capítulo sobre direitos e garantias fundamentais dos cidadãos que sobrepõem a própria Lei de Segurança Nacional. Depois do período ditatorial, a LSN perdeu o seu valor, o seu sentido, porque os presidentes civis que posteriormente vieram, sempre basearam os seus princípios na democracia e na Constituição Federal. Com a eleição de Bolsonaro, um capitão no poder, a LSN voltou a ser usada para amedrontar opositores em um movimento sem precedentes desde a redemocratização. "O que vimos nos últimos episódios alusivos à aplicação dessa legislação são abusos e uma clara tentativa de intimidar adversários do presidente," diz a senadora Eliziane Gama, (Cidadania-MA)- Congressistas, partidos políticos e organizações da sociedade civil têm se mobilizado para que o STF revogue ou atualize a lei..-
Coisas do Cotidiano
· Parabéns Curitiba, capital dos paranaenses. No dia 29 de março, a nossa capital estará aniversariando, completando 328 anos. Suas belezas naturais e arquitetura com influência europeia, junto com a sua refinada gastronomia, são passeios que vão fazer da sua viagem, algo inesquecível na bela e moderna capital do Paraná;
· Parabéns Porto Alegre - Leitores desta coluna na capital gaúcha informando que no dia 26 de março último, Porto Alegre completou 249 anos. Com cerca de hum milhão e seiscentos mil habitantes Porto Alegre, às margens do Rio Guaíba, tem muita história para contar. Uma delas, é o pôr do sol no Guaíba, em dias ensolarados, proporcionando um belíssimo espetáculo de rara beleza. Estive lá e vale a pena conferir;
· E o triplex não era de Lula - A desembargadora Mônica Carvalho, da 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu que em nenhum momento o casal Lula e Mariza tivesse sido proprietário ou usufruído do triplex do Guarujá. Como se sabe, o referido imóvel foi a causa da condenação e prisão de Lula pela Lava Jato, onde ficou preso por quase dois anos, cujo o ex juiz Sérgio Moro alegou que ele tinha recebido tal apartamento como propina. Diante dos fatos, como fica a situação de Sérgio Moro? Como fica a situação do Tribunal Regional Federal, 4ª Região que avalizou a decisão de Moro? Quem vai indenizar Lula pelos prejuízos? Você ainda tem dúvida que Moro prendeu Lula para abrir caminho para a eleição de Bolsonaro?
Entrelinhas
***Canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, passando pelo Egito, é o caminho mais curto das embarcações que vão da Ásia para a Europa. São 193 kms, de extensão, 365 metros de largura e 24 metros de profundidade..***Paciente dos "Kits covid" ou "kits ilusão" de Bolsonaro, estão em fila de transplante renal ou hepático pelas drogas. Mas muitos fazem parte da estatística de mortes pela doença.*** "Enquanto Bolsonaro brinca com o Exército, o Brasil registra recordes de mortos pela Covid-19", ( Leonardo Sakamoto, jornalista).-